Por Mariana Carneiro
SÃO PAULO, SP, 29 de março (Folhapress) - O faturamento da indústria de máquinas e equipamentos foi de R$ 5,9 bilhões no primeiro bimestre do ano, 7% menor do que o observado no mesmo período do ano passado (já descontada a inflação).
Já o consumo, inclusive de equipamentos importados, subiu 8% no mesmo período. O diagnóstico do presidente da Abimaq (entidade que reúne os fabricantes brasileiros), Luiz Aubert Neto, é que o aumento de mercado foi consumido por importados.
Em fevereiro, o faturamento cresceu 13,9% ante janeiro. Mas o consumo recuou 1,4%. No mês passado, as importações cederam 8,3%, mas o cenário ainda é considerado negativo pelo setor.
Para Luiz Aubert, ainda prevalece o cenário de perda de competitividade da indústria local, apesar da desvalorização do câmbio observada no ano passado e trouxeram a taxa de câmbio de cerca de R$ 1,80 para R$ 2. As exportações do setor recuaram quase 20% neste primeiro bimestre.
"Com a recuperação do dólar, vínhamos recuperando as vendas externas. Mas no fim do ano, entramos numa montanha russa", disse.
Segundo Aubert, os impostos e o aumento da guerra comercial dos países produtores de máquinas, com a crise externa, e a interrupção na desvalorização da taxa de câmbio abateram as exportações do país a partir de outubro.
Argentina
As exportações de máquinas para o Mercosul recuaram 14% no primeiro bimestre, ante o mesmo período do ano passado, afetadas pelas vendas para a Argentina. O bloco representa quase dois terços das vendas brasileiras na América Latina.
"Não é o Brasil que está mal na Argentina, o mundo todo está mal lá", Carlos José Pastoriza, diretor da entidade.
Escrito por Da Redação
Publicado em 29.03.2013, 10:04:00 Editado em 27.04.2020, 20:32:15
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