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Banco Central eleva previsão de inflação no ano para 5,7%

SÃO PAULO, SP, 28 de março (Folhapress) - O Banco Central elevou a previsão de inflação para 2013 e 2014 e estimou que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro deste ano crescerá 3,1%. Foi estimado ainda que a inflação em 12 meses vai estourar o teto d

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.03.2013, 09:59:00 Editado em 27.04.2020, 20:32:18
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SÃO PAULO, SP, 28 de março (Folhapress) - O Banco Central elevou a previsão de inflação para 2013 e 2014 e estimou que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro deste ano crescerá 3,1%. Foi estimado ainda que a inflação em 12 meses vai estourar o teto da meta no segundo trimestre deste ano.

Segundo o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje, o IPCA, índice de inflação oficial, ficará em 5,7% neste ano pelo cenário de referência, ante previsão anterior de 4,8%. No próximo ano, foi estimado em 5,3%, acima da previsão anterior, de 4,9%.

O BC estima ainda que a inflação em 12 meses vai estourar o teto da meta no segundo trimestre deste ano, chegando a 6,7%. Segundo o documento, os preços terminam o primeiro trimestre de 2013 no teto da meta, em 6,5%, e só começam a recuar a partir do terceiro trimestre.

Ontem, a presidente Dilma Rousseff disse não concordar com políticas que reduzem o crescimento para combater a inflação. A declaração, feita em Durban (África do Sul) durante reunião dos Brics, levou o mercado financeiro a reduzir apostas de que o Banco Central subirá os juros para controlar as recentes pressões inflacionárias.

Embora Dilma tenha dito também que o governo está atento à inflação, o mercado interpretou seu discurso como indicação de que ela seria contra uma elevação de juros para conter a alta dos preços porque essa medida brecaria o crescimento.

Para o mercado, a declaração prejudicou a credibilidade da autoridade monetária. A reação de investidores foi reduzir suas expectativas de alta de juros.

A taxa refletida nos contratos do mercado futuro com vencimento em janeiro de 2014 recuou de 7,79% na terça-feira para 7,74% ontem, depois de forte oscilação ao longo do dia.

Operação Abafa
Poucos minutos após a fala da presidente sobre inflação, o governo Dilma embarcou em uma frenética operação de "controle de estragos".

O presidente do BC, Alexandre Tombini, foi acionado por Dilma. Ele ligou para a agência Broadcast no Brasil. Segundo a agência, Tombini disse que a presidente pediu que o "mal entendido fosse desfeito e que não há tolerância em relação à inflação". Pouco tempo depois, a presidente resolveu culpar a imprensa. O blog do Planalto divulgou post em que Dilma dizia: "Foi uma manipulação inadmissível de minha fala. O combate à inflação é um valor em si mesmo e permanente do meu governo".

Enquanto isso, em Durban, o Planalto também pôs em movimento sua operação "não disse o que disse". Uma assessora da presidente foi ao centro de convenções com uma van para levar os jornalistas até o resort, a 40 quilômetros de distância, onde Dilma se reunia com Xi Jinping, o novo líder chinês.

Os jornalistas foram posicionados na frente da porta por onde Dilma sairia. A presidente, visivelmente irritada, reagiu à pergunta da TV Globo: "Presidente, a senhora quer esclarecer sua fala sobre a inflação?".

"A notícia que saiu é manipulada", disse Dilma. "Sou uma pessoa que até já escreveu que o combate a inflação é um valor em si; repudio a manipulação da fala". As frases, no entanto, haviam sido ditas em entrevista gravada, depois distribuída pela própria assessoria de Dilma. Recado dado, a presidente prosseguiu, de cara amarrada, em direção ao aeroporto.

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