SÃO PAULO, SP, 20 de março (Folhapress) - As ações europeias interromperam uma série de três dias de perdas hoje, com os investidores mais confiantes em um desfecho para a situação financeira do Chipre. Além disso, dados positivos de atividade econômica na região reforçam perspectivas de retomada.
O índice das 300 principais ações europeias, o FTSEurofirst 300, encerrou o dia em alta de 0,3%, a 1.198 pontos, enquanto o índice de blue chips (ações das empresas mais negociadas e valiosas) da zona do euro subiu 1,40%, para 2.708 pontos.
Em mais um capítulo da crise europeia, a imprensa do velho continente publicou hoje a possibilidade de venda do Banco Popular do Chipre a investidores russos. O boato alimentou o otimismo do mercado, mas foi negado por Christos Stylianides, porta-voz do governo do país.
A notícia surgiu um dia depois do Parlamento do país negar a adoção de um imposto sobre depósitos, condição imposta pelo Banco Central Europeu e pelo Fundo Monetário Internacional para liberar uma ajuda financeira de 10 bilhões de euros (R$ 26 bilhões).
Diante da reprovação da medida pelo Parlamento, o governo cipriota disse hoje que já trabalha em um plano B, para evitar que o país entre em falência.
Stylianides disse que a equipe econômica se reúne para encontrar uma solução para arrecadar 5,8 bilhões de euros (R$ 15 bilhões) dentro do país, sem ajuda externa.
Ontem, com a possibilidade de taxação sobre depósitos bancários, muitos investidores correram para tirar dinheiro das contas no Chipre, que é considerado um paraíso fiscal.
Tentando evitar uma retirada em massa dos cofres dos bancos, o governo decretou feriado bancário no país, até que seja encontrada uma solução para que ele consiga recursos suficientes para pagar parte de seus débitos.
Indicadores
A confiança do consumidor da zona do euro melhorou ligeiramente em março, mostraram dados da Comissão Europeia divulgados hoje. O indicador teve -23,5 pontos neste mês, ante -23,6 pontos em fevereiro. A expectativa do mercado, porém, era de -23,3 pontos.
Respondendo por mais da metade da produção econômica da zona do euro, os gastos do consumidor permanecem restritos uma vez que a crise da dívida da Europa limita a receita das famílias, desacelerando a recuperação econômica. Na União Europeia, composta por 27 membros, a confiança do consumidor ficou inalterada em março, em -21,6 pontos.
Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 0,13%, a 6.432 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,68%, para 8.001 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 1,43%, para 3.829 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 2,20%, para 16.015 pontos.
Em Madri, o índice Ibex-35 avançou 1,15%, para 8.416 pontos.
Já em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em alta de 1,09%, para 6.112 pontos.
Escrito por Da Redação
Publicado em 20.03.2013, 15:32:00 Editado em 27.04.2020, 20:32:38
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