SÃO PAULO, SP, 19 de fevereiro (Folhapress) - A captação líquida (aplicações menos resgates) da indústria de fundos de investimento atingiu R$ 21,6 bilhões em janeiro, recorde para o período, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Puxado pelo segmento "poder público", o ingresso líquido ficou concentrado nas categorias renda fixa e curto prazo. O movimento é típico dessa época do ano, por causa da arrecadação de impostos, de acordo com a entidade.
Em um cenário marcado pela alta da inflação -o IPCA subiu 0,86% em janeiro, maior valor para o mês desde 2003-, os fundos multimercados long and short direcional, que adotam estratégias mais sofisticadas, se destacaram no mês.
Eles registraram ganhos de 1,51%, seguidos pelos multimercados long and short - neutro, com 1,18%, e pelos multimercados trading, com 1,02%.
Fundos de inflação
Apesar da alta do IPCA, os fundos de renda fixa índices, que investem em papéis atrelados ao desempenho de indicadores como os de inflação, renderam apenas 0,45% no mês.
A boa performance desses produtos não se deve apenas ao aumento da inflação, mas principalmente à queda do juro básico (taxa Selic). As NTN-Bs, por exemplo, os principais papéis em que esses fundos investem, são títulos do Tesouro Direto remunerados pela variação do IPCA mais uma taxa (cupom de juros), cuja oscilação é proporcional à da Selic.
Pela regra desses investimentos, quando os juros caem, o preço de revenda dos títulos sobe, o que contribui para aumentar a rentabilidade dos fundos que detêm os papéis, cujo valor aumenta.
Já quando os juros sobem, o preço dos títulos cai e, consequentemente, o ganho dos fundos.
Escrito por Da Redação
Publicado em 19.02.2013, 12:47:00 Editado em 27.04.2020, 20:33:55
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