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Grupo canadense gasta R$ 555 mi para produzir "superaço"

Por Nelson Barros Neto SALVADOR, BA, 18 de fevereiro (Folhapress) - Um metal fundamental na produção de foguetes, armas e navios levou um grupo canadense a se instalar no interior baiano. Na quinta-feira, após passar por China, Rússia, Austrália e Áfri

Da Redação

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Publicado em 18.02.2013, 11:48:00 Editado em 27.04.2020, 20:33:58
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Por Nelson Barros Neto

SALVADOR, BA, 18 de fevereiro (Folhapress) - Um metal fundamental na produção de foguetes, armas e navios levou um grupo canadense a se instalar no interior baiano. Na quinta-feira, após passar por China, Rússia, Austrália e África do Sul, a Largo Resources lançará a pedra fundamental de uma fábrica em Maracás, a cerca de 360 km de Salvador.

Com início de operação marcado para 9 de novembro, a Vanádio Maracás será a primeira mina de vanádio das Américas. E, segundo a empresa, com o maior teor do metal e o menor custo de produção do mundo.

O investimento chegará a R$ 555 milhões, parte via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e outra, graças a acionistas do grupo. Os bancos Itaú, Bradesco e Votorantim também apoiam o projeto.

"Já estamos com a construção muito avançada e agora iniciamos o momento mais nobre da obra, que é a montagem da unidade de processamento", afirma o diretor executivo da subsidiária brasileira, Kurt Menchen.

Gaúcho que mora há 37 anos na Bahia, ele diz que atualmente existem 950 pessoas trabalhando na planta -no pico, serão 1.200 entre operários e engenheiros. Depois, o número cairá para 600, no começo da operação, até os 400 "fixos" da fábrica.

A mão de obra, por ora, é local. "Maracás tem demonstrado até então capacidade para atender às nossas necessidades. Mas, a partir do segundo e terceiro anos, a gente pode trazer gente de fora ou contar com o retorno dos migrantes da região", estima.

O vanádio, de acordo com Menchen, é usado em ligas para a produção de aços de alta tecnologia e vem se tornando cada vez mais comum.

Ele aponta para os mercados aeroespacial, aeronáutico, de elevadores, prédios e tubulações "superpotentes", além da indústria bélica. As áreas de química e medicina o utilizam em menor escala.

"Onde você quer um aço de altíssima resistência e, ao mesmo tempo, que reduza a massa, vai ver vanádio na liga", diz o CEO da Maracás.

A empresa acredita que terá retorno em dois anos extraindo cerca de 13 quilos de vanádio para cada tonelada de rocha explorada. Ao todo, a jazida produzirá em torno de 5.100 toneladas/ano. O produto pode ser vendido a US$ 34 (R$ 67) o quilo.

No país, a Largo ainda tem projetos em Currais Novos (RN) e Campo Alegre de Lourdes (BA). Porém, a prioridade é a expansão até 2016 da unidade de Maracás.

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