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Estatal ainda busca mais reajustes no preço do combustível

Por Pedro Soares RIO DE JANEIRO, RJ, 5 de fevereiro (Folhapress) - Diante da queda do lucro, a presidente da Petrobras, Graça Foster, disse hoje que a estatal manterá, em 2013, a "busca permanente pela paridade com os preços internacionais" do petróleo

Da Redação

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Publicado em 05.02.2013, 14:11:00 Editado em 27.04.2020, 20:34:35
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Por Pedro Soares

RIO DE JANEIRO, RJ, 5 de fevereiro (Folhapress) - Diante da queda do lucro, a presidente da Petrobras, Graça Foster, disse hoje que a estatal manterá, em 2013, a "busca permanente pela paridade com os preços internacionais" do petróleo e derivados.

Com reajustes inferiores à evolução das cotações internacionais e a necessidade de importar a preços maiores para suprir o mercado doméstico, a companhia viu seu lucro cair 36% no ano passado.

Entre 2012 e janeiro deste ano, a companhia aumentou três vezes o preço do diesel (alta acumulada de 16,1%) e duas vezes a gasolina (alta de 14,9%). Os percentuais não corrigem, porém, a defasagem frente ao mercado externo e os reajustes foram contidos diante do receio do governo quanto à pressão inflacionária.

"Com relação à política de preços e tivemos com intensas discussões com o controlador [a União]". A executiva pleiteou os reajustes para injetar recursos em caixa na companhia para realizar seu plano de investimento e evitar a alta do endividamento -já observada no balanço de 2012.

Segundo Foster, o "câmbio jogou contra a companhia" e resultou numa alta de 17% do preço do petróleo tipo brent (referência internacional) em reais.

O diretor-financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse que o câmbio também levou a estatal a importar petróleo e derivados a um custo mais alto. O deficit da balança comercial da estatal subiu 96% em 2012, atingindo 231 mil barris/dia. Somente as importações de gasolina subiram 102% diante da necessidade de atender ao crescimento do consumo no mercado interno.

Para 2013, a dificuldade tende a persistir, já que a companhia projeta um alta de 4% no consumo de combustíveis e os preços seguem defasados em relação ao mercado externo.

Foster se disse, porém, otimista com o desempenho da companhia a partir do segundo semestre, quando a produção deve voltar a crescer, com a entrada escalonada de sete novas plataformas neste ano e o aumento progressivo da extração de óleo dessas unidades.

IR

Barbassa informou ainda que a queda de 65% no valor do Imposto de Renda da companhia no último trimestre do ano se deveu ao pagamento maior de juros sobre capital próprio aos acionsitas.

Segundo Barbassa, esse aumento decorreu em uma redução de R$ 2,1 bilhões no imposto a pagar.

Ele disse que grande parte do aumento de endividamento da companhia se deveu aos investimentos realizados, mas ressaltou que o impacto cambial também contribuiu para que o endividamento subisse de R$ 103 bilhões em dezembro de 2011 para R$ 147,8 bilhões em dezembro do ano passado.

"Esse é um período difícil da companhia, porque a produção não está crescendo, mas estamos investindo firme na entrega dos projetos e acreditamos que vamos reverter essa situação no tempo adequado", disse Barbassa a analistas, em teleconferência para comentar os resultados da Petrobras em 2012.

A empresa teve queda de 36% no lucro em relação a 2011, o pior resultado da empresa em 8 anos.

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