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Concorrência derruba faturamento médio de shoppings

Em plena expansão, o setor de shopping centers já está sentindo os efeitos da chegada de novos empreendimentos no mercado. Dados divulgados nesta quinta-feira pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) revelam que, em 2012, o volume de venda

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 31.01.2013, 18:45:01 Editado em 27.04.2020, 20:34:47
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Em plena expansão, o setor de shopping centers já está sentindo os efeitos da chegada de novos empreendimentos no mercado. Dados divulgados nesta quinta-feira pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) revelam que, em 2012, o volume de vendas médio de cada shopping no País diminuiu pela primeira vez em 10 anos, tendência que deve ser mantida daqui pra frente, segundo estima a associação.


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O faturamento total do setor foi de R$ 119,5 bilhões no ano de 2012, alta de 10,6% ante 2011. O volume, porém, equivale a um faturamento anual médio de R$ 261,4 milhões por shopping, resultado 2,4% menor em comparação com o faturamento médio de R$ 267,9 milhões registrado em 2011. A queda anual é a primeira registrada desde 2002, quando a Abrasce começou a fazer o levantamento. De 2010 para 2011, o faturamento médio subiu 20,1%, e de 2009 para 2010, o aumento foi de 18,1%.


Na avaliação de Luiz Fernando Veiga, presidente da Abrasce, essa queda é uma consequência natural do maior número de centros de compra em operação. "Houve um tempo em que o shopping estava sozinho na cidade e vendia horrores. Essa concentração não era boa. Agora as vendas estão mais divididas", afirmou, em entrevista à Agência Estado. "Ano que vem vai (o faturamento médio) vai cair mais ainda", estimou.


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Em 2012, 27 shoppings centers foram abertos no País, um número recorde. Para este ano, estão previstas mais 46 inaugurações, e para 2014, outras 23, totalizando 526 centros em funcionamento, de acordo com estimativas da Abrasce.


Em meio ao novo contexto, as empresas operadoras e proprietárias de shoppings centers deverão investir no crescimento e nos ganhos de escala para evitar a perda de receita, segundo Veiga. "Grandes redes de shopping têm a vantagem da economia de escala", afirmou, referindo-se à capacidade de diminuir custos na gestão dos condomínios e negociar melhores alugueis com os lojistas. "É mais fácil para uma empresa que tem dezenas de shoppings negociar com as varejistas", opinou.


Veiga ainda fez a ressalva de que com o maior número de shoppings em operação, os lojistas terão maior poder de barganha na definição dos valores de locação e renovação de contratos. "O momento é favorável ao lojista. Com condição melhor de negociação, a tendência é que a média (dos aumentos de alugueis) caia", afirmou.


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2013


Apesar de prever um desempenho mais fraco na média dos shoppings, as perspectivas da Abrasce para o setor em 2013 são positivas. A associação espera um aumento de 12% nas vendas, totalizando R$ 133,8 bilhões até o fim do ano. Segundo Veiga, a alta é explicada pelo grande número de shoppings que serão abertos, trazendo novos consumidores para esse mercado.


Além disso, as melhoras contínuas nas condições de emprego, renda e crédito sustentam a demanda, disse. Conforme dados da Abrasce, 22% dos visitantes dos shoppings são da classe A, 54% da B, 23% da C e 1% da D. "Pela primeira vez, a classe D apareceu na pesquisa. E a classe B foi a que mais cresceu, com a subida das pessoas vindas da classe C", explicou.


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Já no ano passado, a alta do faturamento no setor foi de 10,6% e ficou abaixo dos 12% projetados. "As vendas ao longo do ano não foram tão boas quanto esperávamos", admitiu Veiga, referindo-se ao freio no consumo após o aumento do endividamento e inadimplência das famílias.


Em 2012, o setor de shoppings abrigava 83,6 mil lojas em 165 cidades, e contava com 877 mil trabalhadores. Segundo a Abrasce, serão 94,1 mil lojas em 2013, e um total de 987 mil funcionários.

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