Por Renata Agostini
BRASÍLIA, DF, 19 de dezembro (Folhapress) - O governo brasileiro fez novo esforço hoje para acalmar a comunidade internacional sobre a identificação do agente causador do mal da vaca louca num animal morto no Paraná em 2010.
Em reunião na sede da OMC (Organização Mundial de Comércio), na Suíça, representantes do Ministério da Agricultura e diplomatas brasileiros deram explicações sobre o episódio para uma plateia de 23 diplomatas de 20 países.
Desde que o caso foi anunciado, há doze dias, seis países já impuseram restrições à carne brasileira: Japão, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito e Coreia do Sul. No caso do Egito, a proibição atingiu apenas a carne do Paraná.
O governo brasileiro argumenta que não há razões para os embargos impostos ao produto brasileiro, já que a própria OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) decidiu manter o status de risco insignificante para a doença no país após a divulgação do episódio.
Num primeiro momento, o Brasil acionou adidos agrícolas para apresentar as explicações dos técnicos do governo sobre o caso. Além dos países que anunciaram bloqueios, foram planejadas vinte visitas técnicas aos principais destinos do produto no exterior.
Esta semana, serão enviados representantes brasileiros à China e a Hong Kong e, na semana que vem, ao Irã e à Arábia Saudita.
O governo brasileiro não descarta, contudo, acionar na OMC os países que insistirem nas suspensões.
Exportações
As restrições mais preocupantes foram as impostas por Egito e Arábia Saudita, quarto e décimo maior destino da carne brasileira no exterior, respectivamente.
Os demais países têm pouco peso na pauta de exportações de carne bovina brasileira.
De janeiro a outubro, o Brasil exportou pouco mais de 1 milhão de toneladas do produto. Japão, China, África do Sul e Coreia do Sul responderam juntos por 1,5% das vendas do Brasil no exterior no período.
Escrito por Da Redação
Publicado em 19.12.2012, 18:05:00 Editado em 27.04.2020, 20:36:21
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