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Em quatro dias, 35 mil renegociam dívida em SP

A tarde de sexta-feira (07) foi decepcionante para a professora Maria - é só dessa forma que ela pede para ser identificada. A dívida de R$ 120 mil não foi renegociada no mutirão Acertando suas Contas, em São Paulo. Pior. A orientação dos bancos foi para

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 08.12.2012, 08:45:01 Editado em 27.04.2020, 20:36:49
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A tarde de sexta-feira (07) foi decepcionante para a professora Maria - é só dessa forma que ela pede para ser identificada. A dívida de R$ 120 mil não foi renegociada no mutirão Acertando suas Contas, em São Paulo. Pior. A orientação dos bancos foi para que ela declarasse insolvência civil. "Eu tenho muitas dívidas, infelizmente isso virou uma bola de neve e meu orçamento não comporta mais. O certo, pelo que me foi dito, seria declarar a insolvência civil", disse ela, na saída do evento, realizado na Memorial da América Latina. O mutirão vai até este sábado.

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Nessa bola de neve financeira Maria diz ter recebido "crédito sobre crédito" na expectativa de quitar as dívidas que iam se acumulando. "Os juros são muito altos e minha renda não acompanha", lamentou a professora. As dívidas estão espalhadas por vários bancos e em diversas modalidades. "Chega uma hora que você fica numa bola de neve e não há negociação possível", disse. "Por toda a minha vida, fui me apoiando nos bancos. Mas os juros são o grande problema. Você tenta renegociar um empréstimo e os juros aparecem."


Os casos de insolvência civil são bastante raros no Brasil, diz o advogado Samir Choaib, do escritório Choaib, Paiva e Justo. "O credor pode solicitar a insolvência ou até mesmo pessoa. Mas é uma coisa mais teórica. Nunca tivemos um caso."


Os números divulgados pela Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), mostram que a professora Maria é uma exceção, até porque os endividados costumam dever bem menos. Das 60 mil famílias que visitaram o Memorial da América Latina até a sexta-feira (07), a maioria (35 mil) conseguiu ter as dívidas renegociadas.


Cintia Ditzel, de 27 anos, trabalha na área de produção e buscava uma renegociação de uma dívida de R$ 500 no cartão de crédito com o Banco Santander. "É o olho grande, eu vou comprando, comprando, e quando vejo estou endividada", disse.


Também em dívida com o Santander o autônomo Irineu Pereira do Santos, de 33 anos, devia R$ 22 mil. A dívida foi acumulada no cheque especial e cartão de crédito. "Eu tive alguns problemas de saúde. Sou autônomo e era funcionário público. Tive de pedir exoneração por causa da minha saúde e acabei sem parte da renda extra", afirmou. O salário como funcionário público era de R$ 4 mil.


Maratona


A campanha de renegociação de dívida já percorreu 15 cidades este ano, de sete Estados. Ao todo, foram renegociadas 50 mil dívidas. A edição do Memorial da América Latina encerra a maratona deste ano.

Além do Santander, a AES Eletropaulo, o Banco Carrefour, Bradesco, a Caixa, o Itaú, a Vivo e a Recovery participam do mutirão. "As negociações são caso a caso", disse Fernando Cosenza, diretor de Sustentabilidade da Boa Vista.

A campanha deve continuar em 2013. "O ano que vem continua com a mesma mensagem da educação financeira e do planejamento. A renegociação de dívida é um componente, é parte do espírito da campanha. O principal objetivo é promover o uso equilibrado do crédito", afirmou Cosenza. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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