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Vigor do IED causa surpresa a analistas do mercado

A robustez dos Investimentos Estrangeiros Diretos (IEDs) em setembro e na prévia de outubro surpreendeu analistas do mercado financeiro consultados pela Agência Estado. De acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados nesta terça-feira, o IED somou US

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.10.2012, 17:00:01 Editado em 27.04.2020, 20:38:44
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A robustez dos Investimentos Estrangeiros Diretos (IEDs) em setembro e na prévia de outubro surpreendeu analistas do mercado financeiro consultados pela Agência Estado. De acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados nesta terça-feira, o IED somou US$ 4,393 bilhões em setembro e deve fechar este mês em US$ 6 bilhões, após registrar um saldo de US$ 3,8 bilhões até sexta-feira (19). "Esta é uma amostra de que o Brasil está em uma posição positiva, com uma capacidade de atrair fluxos mais estáveis para investimento produtivo. É uma boa forma de financiar o déficit das contas correntes", avaliou o economista da Tendências Consultoria Econômica Silvio Campos Neto.


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Campos Neto projeta um saldo ao fim do ano de US$ 62 bilhões, que ainda pode ser revisado para cima. No ano até setembro, segundo o BC, a entrada de recursos está em US$ 47,576 bilhões. "É uma surpresa", resumiu.

O presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Luís Afonso Lima, também disse que os resultados estão acima da expectativa inicial para o ano e que a previsão dele para o IED em US$ 60 bilhões ao fim de 2012 deve ser superada. "Tenho sido positivamente surpreendido há vários meses, pois o ano começou muito mais baixo do que isso. Não era para estar tão bem", afirmou. "Estamos em um momento particular e, mesmo assim, conseguimos repetir o numero do ano passado, que foi uma surpresa grande", acrescentou.


Conforme Lima, a conjunção de três fatores ajuda a explicar o aumento do IED em 2012: as obras de infraestrutura para os megaeventos esportivos, a maior participação da indústria extrativa mineral por causa do pré-sal e a ascensão da classe C em um momento de situação inversa nas economias desenvolvidas. Para ele, a expansão dos investimentos está concentrada em operações de fusões e aquisições.


Lima destacou que, aos poucos, a indústria ganha mais atenção dos investidores internacionais. No ano, o setor de serviços foi o que mais recebeu recursos desse tipo, um total de US$ 18,4 bilhões de janeiro a setembro. Mas a atividade industrial foi responsável pela atração de US$ 17,4 bilhões no mesmo período. Os dois segmentos respondem, respectivamente, pelas fatias de 44,7% e 42,4% do IED em 2012 até agora. O presidente da Sobeet afirmou também que, em setembro, não houve nenhum ingresso de recursos superior a US$ 500 milhões. A maior parte das operações (25,4%) foi de aplicações de US$ 100 milhões a US$ 500 milhões, informou o BC. "Isso mostra uma pulverização, o que é bom", avaliou.

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