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Queda na tarifa reduz competitividade da energia solar

A redução das tarifas de energia, decorrente da renovação das concessões e corte dos encargos setoriais, altera a competitividade da fonte solar no curto prazo e pode retardar a realização de um leilão de energia solar, segundo o diretor da Empresa de Pes

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.09.2012, 13:33:01 Editado em 27.04.2020, 20:40:10
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A redução das tarifas de energia, decorrente da renovação das concessões e corte dos encargos setoriais, altera a competitividade da fonte solar no curto prazo e pode retardar a realização de um leilão de energia solar, segundo o diretor da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) Amilcar Guerreiro. Ele salientou, porém, que as condições de inserção desta fonte na matriz energética nacional permanece para os próximos anos.


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"É claro que, com a redução das tarifas, a energia solar perde um pouco a competitividade, mas as condições de inserção permanecem válidas, porque há uma tendência estrutural de queda do custo dos painéis fotovoltaicos", comentou, após participar da conferência O Futuro Solar: Brasil, nesta quinta-feira em São Paulo.


Ele citou estudo feito pela EPE sobre o potencial solar do Brasil, que mostrou que atualmente já existem áreas de concessão de distribuição com tarifas mais altas que o custo do MWh solar estimado, o que poderia estimular, principalmente, projetos de geração distribuída, ou seja, pequenas unidades localizadas perto das áreas de consumo. Vale ressaltar, porém, que o levantamento foi feito sem levar em consideração a prevista redução da tarifa e novos cálculos deverão ser feitos.


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Ainda conforme o estudo, no caso de grande projetos de geração solar, o custo da energia solar fotovoltaica ainda é muito elevado, da ordem de R$ 405 por megawatt-hora (MWh), significativamente superior ao preço médio obtido no último leilão de energia nova, realizado em novembro do ano passado, da ordem de R$ 100/MWh. Mesmo considerando medidas como redução da taxa de juros dos financiamentos e incentivos fiscais, sugeridos pela EPE ao Ministério de Minas e Energia, a geração centralizada de energia solar teria custo de R$ 302/MWh.


Queda no custo


O diretor presidente da Solarplaza, empresa holandesa organizadora do evento, destacou que grande parte das maiores fabricantes de painéis fotovoltaicos está enfrentando um período difícil, tendo em vista a crise europeia, com perspectiva de mais quatro anos em situação similar. "Os preços estão entrando em colapso, a queda no preço da energia solar foi de 50% no último ano", comentou.


Mas Guerreiro sinalizou que essa queda, em grande parte observada em decorrência de uma crise econômica, pode ter deixado o preço em um valor abaixo do que deveria estar, e se configuraria em uma situação transitória. "Mas também é verdade que o desenvolvimento do mercado e de novas tecnologias também reduz os custos, há uma redução estrutural, mas talvez não no nível que vemos hoje."

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