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Febraban orienta cliente a procurar canal alternativo para contornar greve

Por Marcelo Almeida SÃO PAULO, SP, 18 de setembro (Folhapress) - Com a paralisação do atendimento nos bancos, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) orienta os clientes a procurar um canal alternativo para realizar os serviços durante o período de

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.09.2012, 12:38:00 Editado em 27.04.2020, 20:40:15
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Por Marcelo Almeida

SÃO PAULO, SP, 18 de setembro (Folhapress) - Com a paralisação do atendimento nos bancos, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) orienta os clientes a procurar um canal alternativo para realizar os serviços durante o período de greve.

Segundo a entidade, o consumidor deve ver se há a disponibilidade de fazer as operações por meio de caixas eletrônicos, internet banking, mobile banking (banco no celular), telefone e correspondentes bancários -casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.

Saques

Caso o cliente queira fazer saques acima de R$ 1.000 -o máximo permitido por dia em caixas eletrônicos-, poderá fazer transferências por meio de DOC (o documento de crédito) ou TED (transferência eletrônica disponível) nas próprias máquinas, pela internet, pelo telefone e até mesmo no aplicativo do banco pelo celular.

Por meio dessas operações, é possível realizar transferências envolvendo dois bancos distintos.

Segundo o Procon-SP, nesses casos pode haver ainda atendimento emergencial nas agências ou o banco pode aumentar o limite de saque nos próprios caixas eletrônicos.

Se o cliente tiver algum prejuízo em virtude de não conseguir sacar o valor que precisa, poderá acionar o banco posteriormente, já que a entidade é a responsável pelos danos causados em função da interrupção dos serviços.

Caso o consumidor solicite uma alternativa de pagamento e as empresas não a disponibilizem, ele deve documentar a tentativa frustrada de quitar o débito, podendo registrar uma reclamação junto ao Procon.

De acordo com a entidade, o consumidor não pode ser prejudicado por problemas decorrentes da greve, uma vez que a responsabilidade do banco pelos prejuízos causados aos consumidores decorre do risco de sua atividade e não pode, a pretexto de greve, ser repassado ao consumidor.

PIS, FGTS e seguro-desemprego

A Caixa Econômica Federal diz que disponibilizará toda a sua rede de agências, casas lotéricas, postos de atendimento bancário, terminais de atendimento eletrônico e correspondentes bancários para garantir o atendimento durante a greve.

No caso de saque de seguro-desemprego, PIS e FGTS, o trabalhador poderá fazer as operações em um casa lotérica ou em um correspondente bancário.

Em caso de novos pedidos, a trabalhador terá que procurar uma agência aberta ou, caso não encontre, deverá entrar em contato com a Caixa para buscar uma forma alternativa.

Atendimento nas lotéricas

O atendimento nas lotéricas é feito das 8h às 18h, exceto nas localizadas em estabelecimentos como shoppings e supermercados, que costumam ficar abertas até as 19h ou até o horário estipulado pelo regulamento interno dos locais.

Boletos bancários da Caixa Econômica Federal podem ser pagos em qualquer dia do mês. Já as contas emitidas por outros bancos só são aceitas pelos atendentes das lotéricas se estiverem dentro do prazo de vencimento e se não ultrapassarem valores maiores do que R$ 700.

Diálogo

A Fenaban lamentou a decisão dos sindicatos dos bancários de recorrer à greve e afirma que confia no diálogo para alcançar os entendimentos necessários ao fechamento do acordo e renovação da convenção coletiva de trabalho entre as partes.

O presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Carlos Cordeiro, contestou o posicionamento, afirmando que os sindicatos patronais não se mostraram abertos à negociação e ignoraram as propostas dos trabalhadores.

A greve, que deve atingir o país inteiro, foi decretada em assembleias nacionais na semana passada. Os sindicatos ainda não têm dados sobre os números de agências paralisadas e quantos trabalhadores aderiram à manifestação.

Segundo o diretor de Relações do Trabalho da Fenaban, Magnus Ribas Apostólico, a greve é ruim para todo mundo. "É ruim para o bancário, para o banco e para a população, que já foi muito incomodada pela onda de greves dos funcionários públicos e não merece ser mais incomodada com uma paralisação dos bancários", afirmou, em nota.

Para Cordeiro, do Contraf-CUT, os sindicatos patronais foram omissos, já que teriam ignorado a proposta de negociação enviada no dia 28 de agosto.

"Se eles estivessem realmente preocupados com o bem estar da população e dos trabalhadores, teriam sentado à mesa de negociações para discutir a proposta", diz. "É hilário quem nem acusou o recebimento de uma proposta e se recusou a negociar vir à público dizer uma coisa dessas.""

Exigências

Os bancários pedem, entre outras coisas, reajuste salarial de 10,25% (5% de aumento real), enquanto os bancos oferecem 6% (0,58% acima da inflação). Segundo a Fenaban, o aumento oferecido correspondente à reposição da inflação e aumento real, que corrigirá salários, pisos, benefícios e PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

Eles também pedem um aumento do piso salarial da categoria, atualmente em R$ 1.400, para R$ 2.461 --valor considerado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) como o salário mínimo para atender às necessidades de uma família.

De acordo com Cordeiro, apesar de a rentabilidade dos seis maiores bancos do Brasil ficar entre 20% e 25%, os funcionários têm um piso bem inferior ao de outros países da América Latina, como Chile e Argentina.

Ele também disse que, enquanto os executivos dos bancos recebem valores cada vez maiores de participação nos lucros, os funcionários têm seus bônus limitados por um teto. Além disso, diz que os bancos fazer uma manobra contábil para pagar um valor menor de participação aos funcionários, aumentando a provisão para devedores duvidosos.

De acordo com a Fenaban, houve neste ano uma mudança na dinâmica de negociação patronal e que, diz a entidade, aprofundou a discussão das cláusulas sociais e econômicas em tempo muito menor apresentando, em 28 de agosto, uma proposta econômica que encaminhou para o fechamento de um acordo.

A Fenaban esperava que os sindicatos indicassem os itens que poderiam ser melhorados para serem apresentados aos bancos antes de decidir pela paralisação.

O sindicato dos bancários afirma que entregou a pauta com as reivindicações no dia 1º de agosto; a data-base da categoria é 1º de setembro. Após nove rodadas de negociação com a Fenaban, não houve acordo para o índice de reajuste.

Eles também dizem que enviaram uma nova proposta no dia 28, que foi ignorada.

A proposta patronal engloba ainda outros benefícios, como reajuste do auxílio refeição, que sobe para R$ 20,97 por dia; a cesta alimentação passa para R$ 359,42 por mês, além da 13ª cesta no mesmo valor e auxílio creche mensal de R$ 301,94 por filho, até 6 anos.

Procon

Caso tenha outras dúvidas, o consumidor pode entrar em contato com o Procon por meio dos seguintes canais:

Telefone - 151

Pessoalmente - de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. Sábados, das 7h às 13h, nos postos dos Poupatempo, sujeito a agendamento e distribuição de senha (tel: 0800-772-3633)

- Sé - Praça do Carmo, S/N, Centro

- Santo Amaro - Rua Amador Bueno, 176/258 - São Paulo - SP (próximo ao Largo Treze de Maio)

- Itaquera - Av. do Contorno, S/N, Itaquera (ao lado do metrô)

- nos postos dos Centros de Integração da Cidadania (CIC) Norte, Leste, Oeste, São Luiz e Feitiço da Vila, de segunda a quinta-feira, das 9h às 15h. No CIC Imigrantes o atendimento é às segundas, das 9h às 15h

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