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Estímulo demais pode gerar inflação, diz Delfim

O ex-ministro da Fazenda Delfim Netto alertou nesta terça-feira que as medidas de incentivo à economia adotadas pelo governo podem gerar problemas inflacionários em 2013, com a forte retomada na demanda. "Poderemos encontrar, na frente, problemas nos preç

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.09.2012, 11:30:02 Editado em 27.04.2020, 20:40:16
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O ex-ministro da Fazenda Delfim Netto alertou nesta terça-feira que as medidas de incentivo à economia adotadas pelo governo podem gerar problemas inflacionários em 2013, com a forte retomada na demanda. "Poderemos encontrar, na frente, problemas nos preços", afirmou Delfim, durante seminário sobre crédito realizado em São Paulo. Delfim, no entanto, classificou como necessárias algumas ações do setor público para acelerar o crescimento, principalmente o aumento dos investimento - Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF).


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Para Delfim, "o problema de investimento é grave" e os números mostram que a FBCF apresentou quedas seguidas desde o primeiro trimestre de 2010. À época, acumulava alta de 30% sobre o trimestre anterior, mas recuou sucessivamente até o segundo trimestre de 2012, quando apontou queda de 3,7% ante os primeiros três meses deste ano.


Com as medidas do governo - principalmente as do pacote de infraestrutura com concessões de rodovias e ferrovias e a intenção de englobar também portos e aeroportos - o economista avaliou que o Produto Interno Bruto (PIB) deve encerrar 2012 com alta anualizada de 4,1%, atingir um pico de alta de 5,6% no segundo trimestre de 2013 e encerrar 2013 em 4%. "E crescer 4% depois de 2013 é possível", afirmou.


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Compulsório


O ex-ministro da Fazenda avaliou ainda que a redução nos depósitos compulsórios, anunciada sexta-feira (14) pelo governo, terá como efeito principal a transferência da redução dessa tributação para o custo do crédito. "Acho que os bancos não vão absorver essa redução na tributação como lucro porque a competição entre eles está muito forte. Vai ser transferido, mesmo que for uma redução infinitesimal dos spreads", disse Delfim.

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