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Para Delfim Netto, inflação encostará nos 5% em 2013

O ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto, afirmou à Agência Estado que a inflação em 2013 tende a ficar perto dos 5%, dado que a economia vai acelerar no próximo ano. "O nível de atividade estará rodando entre 3,8% e 4% no último trimestre deste ano ante o

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.09.2012, 15:33:01 Editado em 27.04.2020, 20:40:17
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O ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto, afirmou à Agência Estado que a inflação em 2013 tende a ficar perto dos 5%, dado que a economia vai acelerar no próximo ano. "O nível de atividade estará rodando entre 3,8% e 4% no último trimestre deste ano ante o mesmo período de 2011. E é bem viável que o País avance 4% no ano que vem", comentou. Ele não acredita que o PIB suba até 5% no próximo ano, como chegou a afirmar o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, para quem o País registrará expansão entre 4% e 5% em 2013. Ele acredita que o Brasil exiba expansão pouco inferior a 2% neste ano.


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"O País pode até crescer 5% em 2013, mas tem de ver como ficará a economia", comentou, referindo-se especialmente ao desempenho da inflação no próximo ano. Na avaliação de Delfim, é bem provável que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique um pouco acima de 5% em 2012, com um nível modesto de crescimento da economia. Para o próximo ano, como o Brasil deve registrar uma taxa de incremento do PIB de pelo menos o dobro do que deve ser apurado neste ano, é plausível imaginar que haverá pressões inflacionárias pelo fortalecimento da demanda agregada. E nesse cálculo é levado em conta o auxílio da redução dos preços de energia no IPCA, que deve variar de 0,5 a 0,6 ponto porcentual em 2013, de acordo com Nelson Barbosa.


Delfim pondera que o patamar de câmbio atual, entre R$ 2,00 e R$ 2,10, é favorável à economia e ficou satisfeito com o comentário de Barbosa, segundo o qual o governo não vai tolerar apreciações adicionais da cotação do real ante o dólar. "Para mim, a economia ficaria melhor com câmbio pouco acima de R$ 2,10, e isso não traria impacto sobre a inflação", disse, destacando que o nível de atividade da economia do Brasil está abaixo do seu potencial há vários trimestres e há grande capacidade ociosa do setor produtivo.


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Delfim, contudo, acredita que o IPCA pode continuar a receber ajuda desinflacionária do exterior em 2013, pois a economia mundial continuará a apresentar um desempenho fraco. "Os EUA podem até melhorar um pouco, especialmente se o presidente Barack Obama for reeleito, pois ele pelo menos terá aprendido algo no primeiro mandato", disse.


"A Europa vai continuar patinando em 2013", destacou o ex-ministro da Fazenda. "Contudo, o presidente do BCE, Mário Draghi, está fazendo um ótimo trabalho. Se não fosse ele, já teria ocorrido uma crise bancária fenomenal no continente, o que poderia ter ruído a união monetária", destacou. Ele se referiu às ações adotadas por Draghi para conter os efeitos recessivos em países com problemas sérios na região, como a injeção de pouco mais de 1 trilhão de euros na compra de títulos públicos de longo prazo junto a bancos comerciais, e agora com o programa de aquisição de papéis soberanos sem limites, o que está ajudando a reduzir os juros dos bônus da Espanha e Itália, conhecida pelo nome Transações Monetárias Completas, ou pela sigla OMT em inglês.

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