Por Mariana Schreiber
BRASÍLIA, DF, 12 de setembro (Folhapress) - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse hoje que gostaria que o pagamento mínimo obrigatório nas faturas de cartão de crédito fosse maior.
Hoje, o consumidor pode optar por pagar apenas 15% do valor da fatura na data de vencimento e quitar o restante depois. O problema é que esse valor que é postergado -conhecido como crédito rotativo- é corrigido por juros elevados. Isso aumenta rapidamente o valor da dívida, e muitas pessoas acabam inadimplentes.
"Certamente, na programação [do consumidor], o pagamento deveria ser integral, porque financiar no rotativo são taxas nesse valor [elevado]. Nós gostaríamos de ter uma pagamento mínimo muito maior, mas certamente no curto prazo isso criaria um problema para as pessoas que estão nesse processo [de pagamento do valor mínimo]", afirmou.
Em 2010, o BC determinou o aumento do percentual mínimo de pagamento de 10% para 15%. Estava prevista nova elevação para 20% no final de 2011, mas o BC desistiu desse novo aumento.
Tombini abordou o assunto ao ser questionado sobre as taxas de juros cobradas no cartão de crédito pela senadora Ana Amélia (PP-RS), durante audiência realizada hoje na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
O presidente do BC disse que, dos cerca de R$ 420 bilhões movimentados por meio de cartões de crédito em 2011, apenas R$ 40 bilhões passaram no crédito rotativo.
Escrito por Da Redação
Publicado em 12.09.2012, 16:11:00 Editado em 27.04.2020, 20:40:32
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