SÃO PAULO, SP, 5 de setembro (Folhapress) - O desemprego na Grécia cresceu quase um ponto percentual em junho, chegando a 24,4% da população economicamente ativa, de acordo com estatísticas divulgadas hoje pelo governo.
A taxa subiu devido à intensa crise financeira provocada pelo aumento do endividamento público e é a segunda maior da zona do euro, perdendo apenas para a Espanha, que alcançou 24,6%.
No mês anterior, o índice revisado era de 23,5%. Em números absolutos, 1,2 milhão de gregos estava sem trabalho em junho --um aumento de 42% em relação ao mesmo mês no ano anterior.
As maiores taxas estão entre os jovens menores de 25 anos, chegando ao recorde de 55%. Na medição por sexo, as mulheres são as mais prejudicadas, com taxa de 28,1%.
Os números são revelados em meio aos estudos do governo grego para a aplicação de medidas de austeridade para conter a crise da dívida pública. Os cortes deverão chegar a 11,5 bilhões de euros e afetarão áreas como a previdência e a geração de empregos.
As reduções fazem parte das exigências dos credores do resgate de 130 bilhões de euros, entregue em fevereiro ao país.
Neste mês, membros do Banco Central Europeu, da Comissão Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional) fazem uma vistoria para garantir o pagamento de uma nova parcela do socorro financeiro, de 31 bilhões de euros.
Protestos
As medidas de austeridade geram protestos da população. Hoje, policiais desafiaram os próprios colegas em uma manifestação em uma unidade na capital Atenas.
Cerca de 50 agentes bloquearam a saída do efetivo para a cidade de Tessalônica, no norte do país, onde estão previstos protestos contra as medidas de austeridade.
Os manifestantes planejam um ato conjunto com a Guarda Costeia e os bombeiros contra as ações econômicas do governo de Antonis Samaras.
Escrito por Da Redação
Publicado em 06.09.2012, 09:24:00 Editado em 27.04.2020, 20:40:48
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