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Para Fenabrave, estoques estão abaixo do desejado

A procura por automóveis e comerciais leves foi tão alta nos últimos três meses que derrubou os estoques das concessionárias e colocou muitos consumidores na lista de espera por alguns modelos de carro. De acordo com o presidente da Federação Nacional da

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.09.2012, 15:33:01 Editado em 27.04.2020, 20:40:53
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A procura por automóveis e comerciais leves foi tão alta nos últimos três meses que derrubou os estoques das concessionárias e colocou muitos consumidores na lista de espera por alguns modelos de carro. De acordo com o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Flávio Meneghetti, os estoques das lojas do País chegaram ao equivalente a 15 dias de vendas, quando o ideal é em torno de 21 dias. O mês de agosto, com 405.518 veículos leves emplacados, foi o melhor da história do setor automotivo brasileiro.


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Para Meneghetti, o abastecimento nas concessionárias foi prejudicado pelo aumento grande das vendas estimuladas pela desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) antes prevista para terminar em 31 de agosto. Ele afirmou que os estoques saíram de um patamar de 43 dias em maio - auge da crise do setor. "Agosto foi um ponto fora da curva que provocou abalos no abastecimento", afirmou. Também afetou os estoques das concessionárias a redução do volume de veículos importados do México por conta de uma renegociação entre os governos dos dois países. O presidente da Fenabrave disse esperar que neste mês de setembro os estoques retornem ao nível ideal.


Meneghetti destacou como um dos motivos para o aumento das vendas nos últimos três meses, além do IPI reduzido, as medidas para destravar o crédito na compra de automóveis. De acordo com ele, meses atrás estavam sendo aprovados 40% dos pedidos de financiamento de veículos, patamar que subiu no final de agosto para algo entre 55% e 60%. "À medida que o quadro de inadimplência se reverte, veremos maiores níveis de concessão de crédito para veículo."


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O presidente da Fenabrave elogiou também a queda nas taxas de juros estimulada pelos bancos públicos. "Foi positiva a ação dos bancos oficiais para o retorno do financiamento", disse. Segundo ele, medidas do governo para desonerar o crédito automotivo fizeram que o valor das parcelas do financiamento caíssem 14%. "Por conta disso, um monte de famílias conseguiu encaixar essa parcela no orçamento, o que aqueceu o mercado."


O aumento no número de pedidos de crédito aprovados, porém, ainda não é observado no segmento de motocicletas. A Fenabrave informou que apenas 15% dos pedidos são aprovados atualmente e que o mercado de motocicletas depende fundamentalmente de crédito. De acordo com Meneghetti, a restrição ao financiamento de motos já levou montadoras da Zona Franca de Manaus a demitir 2 mil trabalhadores neste ano. O cenário levou a Fenabrave a estimar uma queda de 12% nos emplacamentos de motocicletas ao final de 2012 em relação ao ano passado. "Temos pedido ao governo a liberação de compulsórios para que abra um espaço específico para financiamento de motos e veículos usados."

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