A ONU autorizou a Grã-Bretanha a descongelar quase 2 milhões de dinares líbios (equivalente a US$ 1,5 bilhão) que estavam retidos em bancos britânicos.
O dinheiro estava congelado desde fevereiro, quando a ONU impôs sanções financeiras à Líbia devido aos combates no país. A verba deverá ser enviada ao Banco Central líbio para ser utilizado como ajuda humanitária.
Alemanha e França também solicitaram autorização para liberar investimentos líbios em seus bancos, que somam US$ 1,4 bilhão e US$ 7,3 bilhões, respectivamente.
O ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, William Hague, disse, por meio de um comunicado, que a medida representa outro grande passo para obter a ajuda necessária para o povo líbio.
Cédulas
O dinheiro retido nos bancos britânicos é composto por cédulas de dinares líbios que foram impressas por uma empresa local.
"Essas cédulas, congeladas na Grã-Bretanha após as sanções da ONU, vai auxiliar nas urgências humanitárias do país, incentivar a confiança no setor bancário, pagar salários de trabalhadores públicos e aumentar liquidez da economia", disse Hague.
A correspondente da BBC na ONU, Bárbara Plett, disse que havia um consenso de que o Conselho Nacional de Transição da Líbia (CNT) precisava do dinheiro imediatamente, e que os países não estavam dispostos a esperar a ONU aprovar outra resolução.
De acordo com a agência de notícias AFP, diplomatas afirmaram que a missão chinesa na ONU, que é um importante membro do comitê de sanções do Conselho de Segurança, autorizou os britânicos a descongelar os fundos, após receber a aprovação de Pequim.
Na semana passada, os Estados Unidos foram autorizados a enviar cerca de US$ 1,5 bilhão em bens congelado à Líbia.
Ultimato
Os líderes rebeldes deram um ultimato às forças leais ao coronel Muamar Khadafi, ameaçando com uma ofensiva militar se não houver rendição até sábado.
O conselho dos rebeldes disse ainda ter informado a oficiais da Otan que o CNT acredita que a Líbia não precisa no momento do auxílio de tropas estrangeiras para manter a segurança no país.
O paradeiro de Khadafi permanece desconhecido. Há boatos de que ele estaria em Sirte, sua cidade natal, em Bani Walid, a sudoeste de Trípoli, ou mesmo na própria capital, Trípoli.
Boa parte da família do líder líbio está refugiada na Argélia desde segunda-feira, incluindo sua mulher e três de seus filhos. Uma delas, Aisha, deu à luz uma menina nesta terça-feira na Argélia.
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