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França e Alemanha defendem maior coordenação na zona do euro

Reunidos em Paris para discutir a turbulência econômica na Europa, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediram uma maior coordenação econômica da zona do euro. Para isso, os líderes das duas maiores ec

Da Redação

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 Merkel e Sarkozy não querem discutir eurobonds antes de afinar políticas fiscal e monetária da região
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Merkel e Sarkozy não querem discutir eurobonds antes de afinar políticas fiscal e monetária da região
Escrito por Da Redação
Publicado em 16.08.2011, 22:34:00 Editado em 27.04.2020, 20:45:16
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Reunidos em Paris para discutir a turbulência econômica na Europa, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediram uma maior coordenação econômica da zona do euro.

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Para isso, os líderes das duas maiores economias do bloco defenderam medidas para afinar as políticas monetárias e fiscais do bloco, como encontros semestrais dos 17 chefes de governo dos países membros.

Uma das fragilidades apontadas do euro é que a política monetária da moeda é feita pelo Banco Central Europeu, enquanto a política fiscal fica a cargo dos governos. O descontrole nos gastos e o alto endividamento é justamente a raiz da atual crise.

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Merkel e Sarkozy também defenderam a taxação das transações financeiras como forma de arrecadar receita para o bloco.

A chanceler ressaltou, no entanto, que essas medidas que levariam a uma “governança econômica real” da moeda devem ser feita “passo a passo”. Todas as propostas serão apresentadas para os outros países do bloco para serem aprovadas.

Decepção

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As declarações de Merkel e Sarkozy foram recebidas com decepção no mercado financeiro, que opera em baixa na tarde desta terça-feira. Os investidores esperavam o anúncio de medidas efetivas para deter o contágio da crise da dívida soberana na zona do euro, como a emissão dos chamados eurobonds, títulos da dívida emitidos pela União Europeia.

A ideia, defendida pelo ministro da Finança da Itália, Giulio Tremonti, bem como por investidores como George Soros, é vista como uma das saídas para a atual crise, mas sofre resistência por parte da Alemanha, a mais vigorosa economia do bloco, a quem recaíria o maior ônus no caso de emissão.

Alemanha é apontada como o "motor" da zona do euro, por isso baixo crescimento decepciona
Merkel sinalizou que a ideia não será discutida até que haja um ajuste na política fiscal dos países da zona do euro, vários deles altamente endividados.

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Grécia, Portugal e Irlanda já receberam ajuda do FMI e da União Europeia, enquanto cresce o temor em relação à Itália e à Espanha. Na última semana, rumores sobre um eventual rebaixamento da nota da dívida da França causaram turbulência nas bolsas europeias.

Pressão

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Merkel e Sarkozy, junto do Banco Central Europeu, vêm pressionando os países periféricos da zona do euro a fazer um rápido e efetivo ajuste nas contas públicas. A Itália já anunciou a antecipação de suas metas de ajuste.

O mercado também reagiu com decepção ao resultado modesto do PIB alemão no segundo trimestre deste ano, cuja expansão foi de apenas 0,1%, abaixo do esperado. A Alemanha vinha, até então, puxando a recuperação econômica da Europa.

Em um artigo publicado na edição desta terça-feira do diário financeiro Financial Times, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse que os governos devem equilibrar cortes de gastos com medidas de curto prazo para garantir o crescimento e evitar uma nova recessão.

No entanto, a chefe do FMI afirmou que "pisar no freio muito rapidamente" pode prejudicar a recuperação e piorar as perspectivas em termos de geração de empregos. Para Lagarde, o estímulo ao crescimento em curto prazo é vital.

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