A jovem Camille Vitória Monteiro, de 21 anos, foi achada morta na segunda-feira (15) perto do Rio Magé, na Baixada Fluminense. Ela estava desaparecida desde o dia 5 de julho, depois de sair de casa, em Anchieta, na Zona Norte do Rio, para uma entrevista de emprego no Centro.
📰- ENTENDA: Corpo de jovem que sumiu ao sair de casa para buscar emprego é achado
O caso é investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). Dois homens são suspeitos do crime — o zelador do clube onde ela trabalhava e um ex-policial militar.
A polícia chegou a pedir a prisão deles, mas a Justiça negou.
Veja o que se sabe e o que falta esclarecer.
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Quando Camille desapareceu?
A jovem foi vista pela última vez no dia 5 de julho. Ela saiu de casa, em Anchieta, para uma entrevista de emprego no Centro.
Ela fez contato com a família?
Sim, duas horas após sair de casa, ela mandou um áudio para uma tia dizendo que tinha encontrado uma amiga e precisava resolver um assunto em Campo Grande. Depois disso, a família não conseguiu mais contato com ela.
O desaparecimento foi registrado?
Sim, os parentes registraram o caso na 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) e iniciaram uma campanha nas redes sociais.
Onde Camille trabalhava?
Em um clube de Anchieta, como garçonete e faxineira. Ela também fazia “bicos”.
A família desconfiou de alguém?
Sim. No fim de semana após o sumiço, a família e a polícia foram até o clube para falar com o zelador que teria intermediado o contato de emprego. O homem mora no clube.
O que eles encontraram?
No quarto dele, os agentes encontraram roupas íntimas femininas, preservativos e medicamentos.
Ele foi preso?
Não, mas o caso passou a ser investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros.
Há mais algum suspeito?
Sim, um ex-policial militar. O zelador disse à polícia que o ex-PM lhe ofereceu dinheiro para indicar alguém para tirar fotos e fazer vídeos de uma mulher casada que estaria traindo o marido.
O que mais disse o zelador?
Que o contratante seria uma terceira pessoa, ainda não identificada pela polícia.
O que aconteceu após a indicação para o trabalho?
O zelador disse à polícia que intermediou um encontro entre Camille e o ex-PM na Central dois dias antes do sumiço da jovem.
Ele afirma ainda que sabia que o serviço seria em Nova Campinas, em Duque de Caxias, e que estava agendado para o dia 5, mas que não teve contato com nenhum dos dois nos dias que antecederam o sumiço.
O que alega o ex-policial?
Que esteve com Camille no dia 5. Que os dois entraram em um carro com um homem e depois um outro, de terno, entrou no veículo. Mas, durante o trajeto para Caxias, ficou assustado e achou melhor descer do veículo. A jovem, segundo ele, permaneceu no veículo.
E que, já fora do carro, viu quando os dois homens desembarcaram mais à frente e agrediram Camille. Foi quando, segundo ele, foi embora.
Como a polícia chegou ao corpo?
O ex-policial levou a polícia até o local. Ele contou que um dia após deixar a jovem, foi até o local e viu um corpo enrolado num edredom. Disse que saiu correndo e não avisou ninguém.
Eles foram presos?
Não, a polícia pediu a prisão por acreditar que os dois têm envolvimento com o crime. O Ministério Público do Rio (MPRJ) foi favorável à prisão, mas a Justiça negou por considerar que não há provas suficientes.
Qual foi a motivação do crime?
Ainda não se sabe. O ex-policial disse à polícia que ela foi vítima de vingança por roubar joias de uma mulher. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros investiga a participação de outros suspeitos e a motivação do crime.
Camille era casada?
Não, ela morava com a mãe e a avó e deixou três filhos pequenos.
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