Ao ingerirmos alimentos gordurosos ou com corantes, conservantes, aromatizantes e agrotóxicos, por exemplo, podemos estar sobrecarregando um órgão funcional de nosso corpo com várias toxinas. O fígado pode ser altamente prejudicado por nossos hábitos alimentares e, por conta disso, é importante nos atentarmos quando ele demonstra sinais de que enfrenta problemas.
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Na maioria das vezes, os problemas hepáticos são silenciosos. A pessoa demora a apresentar sinais clínicos e sintomas de que está com alguma doença. Por isso, algumas sensações e quadros soam como uma advertência. Os principais são:
1. Fadiga sem explicação
Fraqueza, letargia e baixo rendimento físico e mental podem apontar disfunções no fígado. Como o órgão trabalha no armazenamento de vitaminas A, D, E e K, essenciais para manter bons níveis de energia, seu comprometimento por acúmulo de toxinas dificulta a filtragem do sangue e a oxigenação das células. O resultado é pouco pique e um cansaço constante.
2. Alterações na cor da urina e nas fezes
Embora também possam indicar infecções urinárias ou intestinais, mudanças devem ser observadas com cuidado. Fezes mais claras ou esbranquiçadas, que em alguns casos parecem até massa de vidraceiro, significam que a bile (substância secretada pelo fígado e que atua na absorção das gorduras) não consegue atingir o intestino.
É ela quem dá a coloração marrom às fezes. Já a urina escura, com um tom parecido ao da Coca-Cola, pode apontar um problema hepático devido ao acúmulo de gordura no fígado. Em geral, a tonalidade saudável da urina é amarelo-pálido.
3. Cólicas e inflamação abdominal
Dificilmente um mal-estar intestinal, como cólicas ou diarreias, e um abdome mais inchado podem sinalizar problemas no fígado, mas se for algo persistente há o risco de o fígado apresentar dificuldade para se livrar de resíduos e necessitar de uma desintoxicação. Gases em excesso também merecem atenção.
4. Pele e olhos amarelados
Significam icterícia, resultado do acúmulo de bilirrubina, substância que dá pigmento à bile. Quando o fígado tem dificuldade de filtrar as toxinas do sangue, a bilirrubina se acumula na corrente sanguínea e provoca a alteração na pele e o amarelamento da esclera (a parte branca dos olhos).
Dependendo do grau, a pessoa pode ter coceira na pele, devido à impregnação por bile. Além disso, o quadro ainda pode indicar hepatite A, B ou C.
5. Inchaço
A retenção de líquidos é mais relacionada às pessoas que têm doenças renais, mas também costuma atingir quem sofre de problemas hepáticos. O quadro surge na forma de uma inflamação nos pés, pernas e outras partes do corpo e que, pressionada com o dedo, deixa uma marca meio funda no local por alguns segundos.
Como tratar o problema?
De acordo com especialistas, a melhor forma de prevenir o acúmulo de toxinas é fazer um check-up anual, para que o problema seja detectado precocemente via exames de sangue de rotina.
Outro exame imprescindível é a ultrassonografia, que consegue analisar muito bem o fígado de forma estrutural e checar também se existe algum outro tipo de problema, como acúmulo de gordura (esteatose hepática), cálculos na vesícula, etc.
Se a pessoa estiver com quilos além do considerado saudável e uma ultrassonografia já constatou a esteatose hepática, é bom procurar um gastroenterologista ou um hepatologista para investigar se a doença está relacionada à obesidade ou a algum outro fator.
Fonte: Viva Bem UOL.
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