Um caminhão que transportava ácido sulfônico tombou e pegou fogo enquanto trafegava pela rodovia SC-418, na serra Dona Francisca, em Joinville, na manhã desta segunda-feira, 29. O produto, usado na fabricação de detergentes e outros produtos de limpeza, vazou e chegou ao rio Seco, que deságua no rio Cubatão.
Às 10 horas, a empresa responsável pela captação e distribuição de água em Joinville interrompeu a captação de água na Estação de Tratamento de Água (ETA) do rio Cubatão.
Isso afetou 34 dos 43 bairros de Joinville e deve causar falta de água em 75% da cidade, segundo prevê a prefeitura.
Joinville é a cidade mais populosa de Santa Catarina, com 616 mil habitantes.
O acidente ocorreu por volta das 9h30 e mobilizou equipes da Polícia Militar Ambiental, da Defesa Civil de Joinville, da secretaria estadual do Meio Ambiente e da prefeitura de Joinville. A prefeitura decretou situação de emergência. O produto chegou a cursos d'água e formou uma espuma branca.
O prefeito Adriano Silva (Novo) sobrevoou o local do acidente e constatou que o produto avançava com velocidade pelas águas da região, segundo nota publicada pela prefeitura de Joinville nas redes sociais no final da manhã.
Ainda conforme a prefeitura, a substância chegou às proximidades da estação às 13 horas, três horas após a interrupção da captação.
"Estamos com uma operação montada com caminhões-pipa para garantir o abastecimento das unidades de saúde. Reforçamos o pedido para que os joinvilenses economizem água ao máximo, para que a falta não seja sentida nos serviços essenciais", afirmou o prefeito, segundo nota da prefeitura.
De acordo com a prefeitura, técnicos da Companhia Águas de Joinville estão monitorando a água do rio Cubatão desde a manhã. A coleta próxima à Estação de Tratamento de Água (ETA) ocorre a cada meia hora, desde às 10h30. As medições apontam para uma redução na taxa de contaminação, mas ainda não há previsão de abertura da captação e normalização dos serviços.
Na primeira medição, o índice de contaminação da água do rio era de 0,19 mg do componente químico por litro de água (mg/L). O valor aceitável para a presença do componente é de 0,5 mg/L.
Às 14h30, o índice atingiu o pico até o momento, que foi de 1,09 mg/L. Na medição das 16h30, a taxa já havia baixado para 0,63 mg/L.
Mesmo com a redução, ainda não é possível afirmar quando a captação será retomada e o serviço restabelecido.
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