A barragem PDE3, localizada na mina Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), obteve a Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) positiva, atestando a segurança da estrutura, e teve seu nível de emergência retirado na terça-feira, 5, segundo informou a Vale em nota.
A PDE3 passou por obras de reforço, o que confirmou as condições de segurança e estabilidade, viabilizando a retirada de nível de emergência e a obtenção da DCE. A estrutura contém em torno de 70 mil metros cúbicos de sedimentos e foi construída pelo método de etapa única.
Desde o início do ano, três barragens da Vale deixaram o nível de emergência. No ano passado, outras oito estruturas da mineradora tiveram o nível de emergência encerrado.
A companhia ainda tem 20 barragens com algum nível de emergência. Dentre essas, todas as que recebiam rejeitos estão inativas e 11 estão em processo de descaracterização. "Essas barragens são monitoradas permanentemente e recebem ações contínuas para aprimorar a segurança", informa a mineradora.
"A melhora nas condições de segurança das estruturas da Vale reflete o esforço que a empresa vem fazendo, implementando medidas como o novo sistema de gestão das estruturas de disposição de rejeitos da empresa", afirmou a mineradora.
O novo sistema de gestão, apontou a Vale, é "direcionado pelos aprendizados com o rompimento da barragem em Brumadinho e pelas melhores práticas internacionais, como as definidas no Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM, em inglês)."
As ações foram devidamente comunicadas aos órgãos competentes, conforme as diretrizes do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) das estruturas e a legislação, informou a mineradora.
O rol de órgãos inclui Agência Nacional de Mineração (ANM), Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Defesa Civil Estadual e Municipal. As ações também foram comunicadas à auditoria técnica que acompanha os trabalhos na estrutura.
As principais barragens da Vale são monitoradas 24 horas por dia e 7 dias por semana pelos Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs) da empresa, além de receberem inspeções regulares de equipes internas e externas, disse a companhia na nota. As equipes "agem prontamente quando são necessárias ações preventivas ou corretivas".
A Vale também informou que tem equipes dedicadas a fazer a gestão de emergências junto às pessoas e em conjunto com a Defesa Civil e órgãos competentes. Para isso, disse, são realizados, periodicamente, treinamentos e exercícios simulados para preparar a população em caso de emergências com barragens, além de testes rotineiros dos equipamentos de alerta.
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