O avião que caiu ontem era da Voepass, quarta maior companhia aérea brasileira. A empresa, que antes se chamava Passaredo, tem sede em Ribeirão Preto (SP) e atua em 40 cidades, segundo informações de seu site. Ainda de acordo com a aérea, opera 60 voos diários e transporta 70 mil passageiros por mês.
Em junho, ela detinha 0,5% do mercado brasileiro de transporte aéreo, ficando atrás da Latam (39,6%), Azul (31%) e Gol (28,8%). No fim do ano passado, a companhia tinha 859 funcionários, sendo 131 pilotos e tripulantes, e dez aviões fabricados pela francesa ATR.
Em número de voos domésticos, a Voepass havia sido, em 2023, a empresa a registrar o maior crescimento, com 22%. A Latam veio na sequência, com 13%. Em 2019 (último dado disponibilizado pela Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac), a companhia teve prejuízo de R$ 27 milhões. No mesmo ano, o caixa estava negativo em R$ 30 milhões.
O dono da companhia é o comandante José Luiz Felício Filho, filho do fundador da Passaredo, José Luiz Felício, que morreu no ano passado. Felício fundou a Viação Passaredo em 1978 e em 1995 criou a empresa aérea. Ele presidiu a companhia até 2002, quando passou o controle para o filho.
A Passaredo entrou em 2012 com processo de recuperação judicial na tentativa de sanar uma dívida estimada em R$ 150 milhões.
Em 2017, chegou a negociar a transferência do controle de seu capital para o Grupo Itapemirim, que também enfrentou recuperação judicial. A venda, porém, foi cancelada no mesmo ano. Dois anos depois, a companhia mudou de nome para Voepass.
A Latam comercializa a venda de passagens. Procurada, disse lamentar o acidente e presta "seu profundo pesar aos familiares dos passageiros do voo 2283".
A Voepass, em seu site, informou que "acionou todos os meios para apoiar os envolvidos".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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