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Teor alcoólico de pães de forma: indústria alimentícia aponta falhas em estudo; Proteste rebate

Um estudo recente da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) chamou a atenção ao mostrar a presença de teor alcoólico acima do esperado em algumas marcas de pão de forma populares no Brasil. Em meio à questão, a Associação Brasileira das

Layla Shasta (via Agência Estado)

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Escrito por Layla Shasta (via Agência Estado)
Publicado em 15.07.2024, 19:49:00 Editado em 15.07.2024, 19:55:18
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Um estudo recente da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) chamou a atenção ao mostrar a presença de teor alcoólico acima do esperado em algumas marcas de pão de forma populares no Brasil. Em meio à questão, a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) divulgou nota nesta segunda-feira, 15, na qual aponta falhas e inconsistências no estudo da Proteste.

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No estudo, intitulado Tem álcool no seu pão de forma, a Proteste analisou dez marcas e concluiu que, se os pães fossem bebidas, pela legislação, seis delas seriam consideradas alcoólicas, já que ultrapassaram o valor de 0,5% de teor alcoólico em sua composição. A causa disso seriam os altos teores de agentes conservantes antimofo.

A entidade da indústria questionou essa informação, bem como a de que o consumo de parte dos produtos analisados poderia acarretar em problemas em testes de bafômetro. "Na conclusão, a Proteste comparou seus resultados com valores descritos em legislações de bebidas alcoólicas, sem estabelecer relação do possível álcool presente em alimentos e o álcool das bebidas alcoólicas", afirmou.

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Além disso, segundo eles, os resultados do teor alcoólico nos pães de forma foram comparados com o teste de bafômetro sem considerar a ingestão dos pães, e "a comparação foi feita apenas por uma regra de três, o que é inadequado", completou. Também segundo a instituição, a pesquisa é assinada por um profissional que não apresenta o número de registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).

Ainda de acordo com a Abimapi, a Proteste mencionou apenas a técnica de análise e não uma metodologia validada por órgão competente. A associação disse também que a indústria não teve oportunidade de avaliar contraprovas, pois os lotes já estavam vencidos no momento da publicação.

A associação diz ainda que "não há menção da data da primeira análise, tampouco da data de validade dos produtos utilizados na amostra, dificultando a verificação da validade e atualidade dos resultados.

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O que diz a Proteste

Segundo a associação de defesa do consumidor, o teste foi realizado por laboratório devidamente acreditado no Inmetro e no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A instituição explica que o teste foi assinado e conduzido por responsável técnico e que a metodologia utilizada pelo laboratório parceiro foi a de "cromatografia a gás" com detecção no headspace (gás volatizado) da quantidade de etanol na amostra.

A Proteste informou ainda que encaminhou todos os laudos para Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que a autoridade adote as medidas legais e administrativas cabíveis.

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"A nota de discordância da Abimapi faz parte do Estado Democrático de Direito, entretanto, entendemos que a referida associação também deveria se preocupar com os resultados dos testes em questão", disse a Proteste, em nota.

Além disso, a associação afirma que, ao divulgar os resultados dos testes, apenas exerce o direito constitucional à informação e que qualquer tentativa de impedir essa informação deve ser considerada uma censura.

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