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Tarifa de trem e metrô em SP vai subir para R$ 5 em 2024; valor para ônibus não muda

O governo de São Paulo vai aumentar a tarifa do transporte de Metrô e trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para R$ 5,00 a partir de 1º de janeiro de 2024, de acordo com o informado por assessores do Palácio dos Bandeirantes. A Prefei

Gonçalo Junior (via Agência Estado)

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Escrito por Gonçalo Junior (via Agência Estado)
Publicado em 14.12.2023, 14:00:00 Editado em 14.12.2023, 14:07:30
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O governo de São Paulo vai aumentar a tarifa do transporte de Metrô e trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para R$ 5,00 a partir de 1º de janeiro de 2024, de acordo com o informado por assessores do Palácio dos Bandeirantes. A Prefeitura informou que o valor da tarifa de ônibus não será alterado. O preço da passagem estava congelado em R$ 4,40 desde 2020, o que significa um aumento de R$ 0,60. Com o reajuste, os passageiros terão de pagar, em média, R$ 26,40 a mais por mês no transporte sobre trilhos em dias úteis. O anúncio oficial ainda não foi feito, mas o poder estadual prometeu divulgar novas informações sobre a decisão. O poder municipal, por sua vez, vai manter a tarifa dos ônibus sem alteração. Historicamente, o município acompanhava o aumento com o estado. "A Prefeitura ressalta que não há qualquer impedimento técnico na gestão de tarifas distintas entre os serviços de ônibus, metrô e trens, como já ocorrera em anos anteriores", informou em nota. No final do mês passado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) havia sinalizado aumento no valor das tarifas de Metrô, trens da CPTM e trens metropolitanos privatizados. "A tarifa está congelada há muito tempo e a gente tem que começar a fazer conta. Ou eu repasso alguma coisa pra tarifa ou a gente permanece com ela congelada e eu aumento o subsídio. Quanto mais tempo a tarifa ficar congelada, mais subsídio a gente vai ter", defendeu ele no final de novembro. No ano passado, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e Tarcísio haviam negociado o congelamento das tarifas de ônibus e metrô. Isso foi possível porque ambos os governos contam com reservas nos respectivos caixas financeiros. O cenário, no entanto, mudou. O governador vem se mostrando incomodado com o congelamento por causa do déficit do metrô. Segundo relatório interno, a companhia terminou 2022 com prejuízo de R$ 1,16 bilhão e uma taxa de cobertura (relação entre receitas e gastos) de 83%. Ou seja, arrecadou menos do que o necessário para saldar as despesas. O volume de passageiros diminuiu. No ano anterior ao início da pandemia, foram pouco mais de 1 bilhão de passageiros. Já em 2022, foram só 794 milhões de passageiros. Neste ano, a gestão Tarcísio enfrentou paralisações envolvendo os metroviários. A última delas, no dia 28 de novembro, contou com a participação de funcionários do Metrô, da CPTM, Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado), de professores da rede pública e de servidores da Fundação Casa. Os grevistas pediam a suspensão de projetos de privatização, como a da Sabesp, de linhas da CPTM e do Metrô. Por outro lado, o prefeito calcula que o aumento da passagem trará prejuízos à sua campanha de tentativa de reeleição no ano que vem. "A atual gestão mantém o empenho em incentivar o transporte coletivo, responsável pela locomoção de 7 milhões de passageiros por dia, e que não sofreu reajuste nos últimos três anos", diz outro trecho da nota da Prefeitura. O anúncio do aumento nos trens e metrô ocorre exatamente na mesma semana do anúncio da tarifa zero nos ônibus. Na segunda-feira, 11, Nunes havia anunciado a implementação da tarifa zero nos transporte coletivo municipal aos domingos na capital paulista. A medida começa a valer já neste mês, a partir do próximo dia 17, e contempla 1.175 linhas. O acesso dos passageiros deverá continuar ocorrendo pela porta da frente dos ônibus. A gratuidade também será estendida para Natal, Ano Novo e Aniversário de São Paulo. A ideia é usar esse modelo como teste para entender os efeitos da gratuidade da passagem na cidade. Com a medida, que ganhou o nome de Domingão Tarifa Zero, a Prefeitura irá deixar de arrecadar, por ano, R$ 283 milhões com passagens aos domingos. O custo total da operação não foi especificado. Atualmente, cerca de 2,2 milhões de passageiros usam o sistema de ônibus aos domingos, segundo a Prefeitura.

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Subsídios aumentaram nos últimos anos

No ano passado, mais de 2 bilhões de passageiros usaram o transporte municipal. É uma média de 6,8 milhões por dia útil. Em relação a 2021, houve um aumento de 22,75%, quando 1,67 bilhão de pessoas usou os coletivos. A gestão municipal desembolsou R$ 5,3 bilhões em subsídios para as empresas de ônibus, de acordo com relatório da SPTrans, responsável por gerenciar o transporte na capital paulista. Trata-se de um aumento de 50% em relação a 2021, quando o repasse público foi de R$ 3,4 bilhões. O subsídio é um valor pago pela Prefeitura para que o sistema de transporte não dependa exclusivamente da tarifa e também para custear as gratuidades oferecidas, como a de idosos e estudantes.

Evolução do valor da tarifa nos últimos anos

2010 - R$ 2,70 2011 - R$ 3,00 2013 - O então prefeito Fernando Haddad (PT) e o então governador Geraldo Alckmin (PSDB) cancelaram o aumento para R$ 3,20 após os protestos de junho 2015 - R$ 3,50 2016 - R$ 3,80 2018 - R$ 4,00 2019 - R$ 4,30 2020 - R$ 4,40

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