MAIS LIDAS
VER TODOS

Cotidiano

SP recua e vai imprimir material didático digital

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que os alunos da rede estadual vão receber impresso, além de ter acesso digital, o material didático elaborado pelo governo paulista. A declaração foi feita no sábado, 5, após a inaugu

Renata Okumura (via Agência Estado)

·
Escrito por Renata Okumura (via Agência Estado)
Publicado em 07.08.2023, 08:10:00 Editado em 07.08.2023, 08:13:23
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que os alunos da rede estadual vão receber impresso, além de ter acesso digital, o material didático elaborado pelo governo paulista. A declaração foi feita no sábado, 5, após a inauguração de uma creche em Biritiba Mirim, município que fica a cerca de 90 quilômetros da capital.

continua após publicidade

Na terça-feira, o governo paulista decidiu não aderir ao material didático e pedagógico do Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD), do Ministério da Educação (MEC).

O secretário da Educação do Estado de São Paulo, Renato Feder, resolveu abrir mão de 10 milhões de exemplares para os alunos do ensino fundamental 2 (6.º ao 9.º ano) em 2024. E anunciou que não iria mais comprar livros para o ensino médio também.

continua após publicidade

O Ministério Público Estadual (MP) abriu inquérito para investigar a decisão do governo de São Paulo de dispensar livros didáticos nas escolas estaduais para usar apenas material digital.

Tarcísio reforçou que sua gestão está desenvolvendo este material didático. "Mas isso não é novidade no Estado de São Paulo, que já tem material próprio há algum tempo. Então, a gente está aperfeiçoando esse material e nós vamos encadernar esse material e entregá-lo também impresso", disse ele. "Ou seja, se o aluno quiser estudar digitalmente, ele vai poder. Se ele quiser estudar no conteúdo impresso, ele também vai ter esta opção."

O governador afirmou que críticas podem surgir. "Acho que as coisas, às vezes, são mal comunicadas por nós mesmos. Ao longo deste ano, a gente fez um esforço muito grande de criar conteúdo digital. São aulas digitais, mais de 6 mil. Qual o objetivo disso? Facilitar o esforço do professor e também padronizar, uniformizar. Então, isso vai garantir que um aluno que estará na ponta do Vale do Paraíba vai ter o mesmo conteúdo que vai ser ministrado no Alto Tietê, no Vale do Ribeira, no oeste do Estado, e na capital paulista."

continua após publicidade

Ciclo fechado

Segundo ele, para isso, é necessário ter um material didático que seja compatível com as aulas que estão sendo elaboradas, com o conteúdo e com os exercícios.

"A gente precisa fechar o ciclo: aula digital, que vai ser ministrada em todas as escolas; o material didático que tem que ser coerente com a aula que será ministrada; tarefa de casa eletrônica, que será uma forma de acompanhar se o aluno está estudando no horário extra classe. Então, a gente fecha este ciclo", afirmou o governador.

continua após publicidade

Livro rejeitado é adotado por escolas particulares de ponta

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, muitos dos livros didáticos rejeitados pelo governo de São Paulo para a rede estadual são usados por escolas particulares de ponta na capital, como Bandeirantes, Miguel de Cervantes, Porto Seguro, Gracinha e Oswald de Andrade.

continua após publicidade

Os exemplares são os mesmos vendidos no mercado privado, com pequenas adaptações de formato exigidos nos editais públicos.

O Cervantes, por exemplo, usa para alunos do 6.º ao 9.º ano a coleção Araribá Conecta, de Matemática (Editora Moderna).

Já o Bandeirantes, cujos alunos utilizam tablets na sala de aula, pede a versão digital do livro Expedições Geográficas (Editora Moderna).

Especialistas criticam decisão

A decisão de São Paulo tem sido criticada por especialistas, editoras e autores. Na quarta-feira passada, entidades de livreiros do País publicaram um manifesto conjunto contra a decisão e dizendo que o PNLD "é um instrumento de garantia de pluralidade, qualidade didático-pedagógica e de transparência".

Entre as organizações estão a Câmara Brasileira do Livro (CBL), a Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais (Abrelivros) e a Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos (Abrale).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Cotidiano

    Deixe seu comentário sobre: "SP recua e vai imprimir material didático digital"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!