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SP manda 4 do PCC para cadeias federais

Quatro presos apontados como líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) foram transferidos na quarta-feira de unidades prisionais paulistas para presídios federais. Eles integram a cúpula da facção criminosa e são investigados por ligação com uma movime

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 03.06.2021, 13:16:00 Editado em 03.06.2021, 13:23:36
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Quatro presos apontados como líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) foram transferidos na quarta-feira de unidades prisionais paulistas para presídios federais. Eles integram a cúpula da facção criminosa e são investigados por ligação com uma movimentação bilionária oriunda do tráfico de drogas.

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Com a nova medida, chegou a 60 o número de presos transferidos de São Paulo para o sistema federal, cujas unidades são consideradas de segurança máxima. A quantidade de transferências cresceu sob a gestão do governador João Doria (PSDB): no início de 2019, eram apenas 22 detentos.

A polícia e o Ministério Público têm solicitado essa providência para combater o contínuo crescimento do PCC, que continuou lucrando mesmo com lideranças presas - como Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. O chefe da facção está na Penitenciária Federal de Brasília, após ser transferido de São Paulo em fevereiro de 2019.

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Os quatro transferidos ontem foram: Marcelo Moreira Prado, o Sem Querer; Eduardo Aparecido de Almeida, o Pisca; Decio Gouveia Luis, o Decio Português; e Bruno Fernando de Lima Flor, o Armani. Prado. Luis e Almeida estavam no presídio de Presidente Bernardes e foram levados para Mossoró (RN); Flor foi de Presidente Venceslau para Porto Velho.

Sem Querer e Pisca, com atuação no Paraguai, figuraram entre os acusados pelo Ministério Público na chamada Operação Sharks, deflagrada em outubro do ano passado. A apuração apontou que o PCC movimentou por ano R$ 1,2 bilhão com o tráfico internacional de drogas.

Drogas e lavagem

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A Justiça de São Paulo decretou na oportunidade a prisão de 18 acusados de pertencer à cúpula da estrutura de tráfico de drogas e de lavagem de dinheiro e de comandar as ações da organização nas ruas. Só uma parte do dinheiro detectado pelos promotores foi movimentada no sistema financeiro - cerca de R$ 200 milhões - por meio de contas bancárias em nomes de laranjas e de empresas fantasmas.

O restante foi mantido em casas-cofre e transportado em carros até ser entregue a doleiros, que remetiam os recursos para o exterior, onde a facção pagava a seus fornecedores de drogas no Paraguai, na Bolívia e no Peru.

Foi a primeira vez que o MPE se aproximou da decisão de qualificar o PCC como organização de tipo mafioso, pois esclareceu os esquemas de lavagem de dinheiro do grupo, última etapa para que ele pudesse ser considerado uma máfia. "Mostramos que o dinheiro do PCC não fica no Brasil. Ele vai para o exterior", afirmou na ocasião o promotor Lincoln Gakiya.

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Já Armani e Decio Português são apontados como sucessores no comando da facção com a ida de outros líderes para unidades federais, onde o regime de comunicação é mais restrito. Em novembro de 2020, Armani foi alvo da Operação Fast Track.

Decio Português foi preso pela última vez em agosto de 2019, no Rio, e chegou a ser internado em 2020 com um quadro grave de covid. Investigadores acreditam que ele já foi o braço direito de Marcola, com quem cumpriu pena por mais de dez anos em Presidente Venceslau, e chegou a ser o número 3 do comando da facção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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