O governo de São Paulo desenvolveu um site para a venda de prédios públicos, mas divulgou, de forma equivocada, endereços que não seriam comercializados, segundo o próprio Executivo estadual. Na lista, estavam imóveis como o quartel da Rota, tropa de elite da Polícia Militar, o Hospital das Clínicas e até o parque do Horto Florestal.
A página foi retirada do ar com a inscrição "em manutenção". As informações foram divulgadas inicialmente pelo portal g1 e confirmadas peloEstadão.
Procurada, a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) informou um "erro técnico" provocou a divulgação de "informações descontextualizadas".
"A Secretaria de Gestão e Governo Digital (SGGD) informa que o portal imoveis.sp.gov.br está em construção e, por um erro técnico, levou ao ar informações descontextualizadas sobre o patrimônio imobiliário estadual. Para corrigir essa falha, o site foi tirado do ar e em breve voltará a ser disponibilizado.
O site também ofereceu as sedes da Assembleia Legislativa do Estado, do Tribunal da Justiça, do Ministério Público do Estado e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.
O portal chegou a informar as especificações de cada imóvel, como área construída e o endereço, além de um campo que deveria ser preenchido por eventuais interessados. Em alguns locais, até o valor foi informado, como no caso do prédio do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), avaliado em R$ 926.082.300.
O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) chegou a acionar o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público Estadual pedindo apuração da disponibilidade de imóveis sem consulta à população.
O governo estadual afirmou que o portal foi criado para facilitar o acesso à informação, organizando e centralizando os dados dos imóveis sob a gestão do Estado. "Quando concluída, a página também trará as informações sobre terrenos ou prédios que eventualmente forem destinados à venda", informou o governo.
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