Em live transmitida para clientes, Francisley Valdevino da Silva, conhecido como 'Sheik do Bitcoin', afirmou que as empresas pelas quais é responsável tiveram fraudes internas e problemas de gestão. A Polícia Federal divulgou o nome de 85 empresas do Sheik para que as pessoas não caiam em golpes. Confira no final da matéria.
A afirmação foi feita em 27 de setembro durante uma chamada de vídeo privada com clientes das empresas de Francisley, que é morador de Curitiba, no Paraná. "Vou adiantar para vocês: a empresa teve fraude? Teve fraude interna sim. Teve problema de gestões? Sim. Nós tivemos muitas coisas que aconteceram com ex-funcionários e ex-contratados da empresa onde devido a recuperação vamos estar colocando perante a juíza todos os acontecimentos", afirmou Francisley.
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Silva é alvo de uma investigação da Polícia Federal que mira uma quadrilha investigada por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas, com vítimas no Brasil e no exterior e que seria liderada por ele.
Entre as pessoas lesadas estão aproximadamente 80 moradores da região de Apucarana, norte do Paraná. Segundo informações apuradas pelo TNOnline 40 vítimas moram em Apucarana e tiveram um prejuízo estimado em R$ 4 milhões. Entre as vítimas também está a modelo Sasha Meneghel - filha da apresentadora Xuxa - que perdeu aproximadamente R$ 1,2 milhão.
Filipe Hille Pace, delegado da Polícia Federal, informou que o suspeito deu mesma versão à polícia. No entanto, o delegado afirma que as investigações constataram que o 'Sheik' concentrava as operações das empresas e que nunca existiu atividade comercial do grupo.
O que se passou a provar ao longo da investigação é que o principal investigado controlava todos os aspectos da empresa, mas todo recurso que ingressava ficava à disposição dele, e ele gastava como convinha, fosse com a aquisição de bens de luxo, itens de vestuário de grife, joias, relógios, carros, propriedades luxuosas"
- Filipe Hille Pace, delegado da PF,
Durante a live, várias vítimas comentam no chat da transmissão fazendo cobranças ao empresário:
"Não é justo pai não ter comida para por na mesa por causa de você", disse uma das vítimas.
"O jeito que esse cretino fala com todos nós, é uma piada", disse outra.
OPERAÇÃO
Na quinta-feira (6) a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação e cumpriu 20 mandados de busca e apreensão no âmbito das investigações.
Segundo a polícia, o suspeito intermediou a movimentação de cerca de R$ 4 bilhões no Brasil por meio de fraudes envolvendo pirâmide financeira com comercialização de criptomoedas, lavagem de ativos e crimes contra o sistema financeiro.
Os mandados foram cumpridos nas cidades paranaenses de Curitiba e São José dos Pinhais, Governador Celso Ramos, em Santa Catarina, Barueri, São José do Rio Preto, em São Paulo, e em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
Apucaranenses perderam R$ 4 milhões em golpe
Mais de 40 pessoas de Apucarana moveram uma ação coletiva na Justiça após sofrerem um golpe com prejuízo de quase R$ 4 milhões. As vítimas tiveram suas criptomoedas sequestradas por uma empresa que pertence ao Sheik dos Bitcoins. Agora as vítimas pedem um ressarcimento de aproximadamente R$ 50 milhões.
Ao todo, mais de 80 pessoas foram lesadas na região, após acreditarem na promessa de alto rendimento de criptomoedas. O apucaranense Fabrício Vicentini, que está entre essas vítimas, disse que já suspeitava que tratava-se de uma organização criminosa que atuava também no exterior.
"Eu já imaginava que esse esquema era grande, pois essa empresa atuava em 15 países. Eu participei de uma reunião em Hong Kong, na China, com mais de 2 mil pessoas. Então imagine o prejuízo que foi lá", disse
Vicentini espera que a justiça seja feita porque muitas pessoas pobres aplicaram seu dinheiro esperando alto rendimento, no entanto, foram enganadas. "O senhor Francis Silva roubou pessoas pobres e eu vi muitas pessoas desesperadas que choraram por perderem dinheiro. Uma situação de um homem que roubou dinheiro de milhares de pessoas e tem mansão, anda de avião, tem mansão em Miami. A gente espera por justiça. Acredito que o correto é que esse cidadão seja preso e pagar pelo que ele fez e que o dinheiro dessas pessoas recebam o dinheiro com valor corrigido. Esse seria o mais justo", comenta.
Segundo o apucaranense, o Ministério Público (MP) deu causa favorável e assim que o juiz der a sentença, o advogado que cuida do caso solicitará o bloqueio de bens.
Veja os nomes das empresas divulgados pela PF:
- OP POYAIS
- 4COINS
- ALLGENCY INTERNACIONA
- ALLPHACOIN
- ANTHER
- BITSTARTI
- BYTC
- COINS & COINS
- EASTICOIN
- ENCORE 8
- EXUDUS
- ITRADECOM
- LEADERCOIN
- MARKETSHYFT
- MINERFLOOR
- MONEDA BANK
- MUNZEBANK
- SLW COIN
- TOOYOO
- TRADEX ROBOT
- TRADEXX
- TRADINGOO
- WELTMINER
- WELTRADER
- WUCOIN
- YONDERCOIN
- WOLKE B CLUB
- FORCOUN
- COINTHEREUM
- ALTSAVE
- TOTALX
- RENTX
- ALLGENCY
- BEC
- BITPHINANCE
- BRCP
- CELTRUM
- COMMUTE
- COMPRALO
- COMTRADE
- CXS + CXA
- DESSFI
- DEXTRU
- EASTCOIN
- ETHEREUM SC
- ETHEREUMPLUS
- EXOODUS
- FAXT COIN
- FAXT WALLET
- FILMZR
- HLP TOKEN
- INTERAG
- INTERCORE
- INTERGALAXY
- INTERTRADEC
- LINEACARD
- MINDEXPAY
- MINDEXWALLET
- MONEYX
- MOOVEPAY
- RENTAL COINS
- SERHIGH
- WELTSYS
- ZUTTI
- BETTHERCHIP
- BITSTAR
- BLOC
- BUFFSCOIN
- FCT TUTORIALS
- FORCOUNT
- GOODREAM
- HUKKENS
- IBILLETERA
- ITRADE CLUB
- MINDEXCOIN
- MOVIAX
- PROTRADEX
- PRYDIUM
- SUCESSO TRADING
- THRONUS
- TOTAL X
- TRADING WAVES
- TULUS
- WAOMOVIE
- XFORKS
Com informações do G1 e da RPC.
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