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Segundo estudos, após 6 meses de infecção, anticorpos de pacientes apresentam mais resistência ao vírus

O brasileiro Julio Cesar Lorenzi, um dos líderes do estudo, explica que os anticorpos podem ser mais capazes de enfrentar mutações do coronavírus.Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (18) na revista científica "Nature", uma das mais importantes do m

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.01.2021, 16:55:43 Editado em 18.01.2021, 16:56:11
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O brasileiro Julio Cesar Lorenzi, um dos líderes do estudo, explica que os anticorpos podem ser mais capazes de enfrentar mutações do coronavírus.

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Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (18) na revista científica "Nature", uma das mais importantes do mundo, sugere que os anticorpos para Covid-19 em pacientes que tiveram a doença ficaram mais "potentes" 6 meses após a infecção.

Isso significa que a imunidade para quem já teve a doença pode durar, no mínimo, esse tempo. O estudo é liderado por brasileiros e outros pesquisadores da Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos.

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"Os anticorpos melhoraram em termos de potência e diversidade. Eles conseguiram neutralizar diversas variações da corona [a 'coroa' do coronavírus]", explica o brasileiro Julio Cesar Lorenzi, um dos líderes do estudo.

A resposta para os anticorpos "reforçados" está nas células B, um tipo de célula de defesa do corpo. Elas têm a função de reconhecer o antígeno do coronavírus – uma parte do vírus – e criar os anticorpos contra ele.

Os cientistas estudaram 87 pessoas que tiveram Covid-19, com idades entre 18 e 76 anos. Todas elas tiveram amostras de sangue analisadas seis meses após a infecção.

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A análise mostrou que os níveis de células B de memória específicas permaneceram os mesmos nesse período – e que os anticorpos que elas criaram seis meses depois da primeira infecção foram mais "fortes" que os originais.

"São dados muito bons, mostrando que os pacientes podem ser capazes de controlar a reinfecção", analisa Lorenzi.

Depois de reconhecer o antígeno pela primeira vez, as células B vão para uma parte do sistema imune onde são selecionadas e "amadurecidas". Nesse processo, passam por mutações que fazem com que elas sejam melhores em reconhecer o vírus, com mais potência, explica o brasileiro.

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Os pesquisadores acharam proteínas virais – pedaços do vírus – no intestino de 14 pacientes. Lorenzi acredita que essa exposição ao material viral ajudou as células B a reconhecerem melhor o vírus da Covid.

Reinfecção

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Nenhum dos pacientes teve uma reinfecção comprovada, mas Lorenzi acredita que nenhum deles teve um segundo caso de Covid. Isso porque, caso isso tivesse acontecido, teria existido um novo aumento de anticorpos contra o vírus no corpo – o que não aconteceu.

Outra constatação positiva foi que, apesar de ter havido uma queda nos anticorpos neutralizantes dos pacientes, eles foram capazes de neutralizar o coronavírus mesmo depois de seis meses. Os cientistas testaram essa capacidade em ensaios de laboratório (in vitro).

Lorenzi explica que, com essa pesquisa, ainda não é possível explicar por que algumas pessoas têm reinfecção pela Covid.

"A ideia é que a pessoa que tem uma infecção original mais branda foi incapaz de gerar uma resposta imune necessária. Ainda é preciso provar, mas é uma boa possibilidade", afirma

Fonte: G1

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