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Secretário de Segurança do RJ admite que possa haver agentes vazando informações para facções

O Secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou em entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews, nesta quarta-feira, 29, que há a possibilidade de que agentes do Estado estejam vazando informações sobre operações policiais para facçõ

Rayanderson Guerra (via Agência Estado)

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Escrito por Rayanderson Guerra (via Agência Estado)
Publicado em 29.01.2025, 16:10:00 Editado em 29.01.2025, 16:17:23
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O Secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou em entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews, nesta quarta-feira, 29, que há a possibilidade de que agentes do Estado estejam vazando informações sobre operações policiais para facções criminosas.

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"Olha, a gente sabe que a capacidade dessas organizações criminosas, até pela movimentação de recursos que eles têm, é grande. Seria ingênuo dizer que é impossível que essas organizações venham a corromper alguma pessoa do próprio Estado que tenha acesso a informações de operações. Isso é inevitável", disse o secretário.

De acordo com o secretário o Estado precisa, "de alguma maneira", detectar e identificar os possíveis envolvidos.

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"O trabalho que a gente tem é tentar, de alguma maneira, detectar esse tipo de atuação e reprimir com rigor porque é inadmissível que isso coloque em risco a vida dos policiais", disse.

As declarações do secretário ocorrem na esteira de uma mega operação contra o tráfico de drogas no Complexo da Maré, na zona norte do Rio, nesta quarta-feira.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, deflagraram uma operação nesta manhã, chamada Conexão Perdida, para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) do Espírito Santo. Um homem foi preso.

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De acordo com a Subsecretaria de Inteligência do Espírito Santo, os criminosos controlavam os serviços de internet, água e gás em comunidades dominadas pelo TCP na capital fluminense, exigindo uma mensalidade de até R$ 10 mil para a prestação de serviços.

Governador celebra operação

Nas redes sociais, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), afirmou que o "combate ao crime organizado não tem divisas" e que a operação desta quarta-feira "bloqueou 17 contas bancárias ligadas à lavagem de dinheiro. Esse grupo criminoso, que movimentou mais de R$ 40 milhões, explorava ilegalmente serviços de internet, água e gás, e tinha até um "banco paralelo".

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"O combate ao crime organizado não tem divisas. Uma ação conjunta das forças de segurança do RJ com o Espírito Santo no Complexo da Maré prendeu 10 criminosos, cumpriu 20 mandados de busca e apreensão e bloqueou 17 contas bancárias ligadas à lavagem de dinheiro. Esse grupo criminoso, que movimentou mais de R$ 40 milhões, explorava ilegalmente serviços de internet, água e gás, e tinha até um banco paralelo. Com inteligência e integração, estamos quebrando a estrutura financeira dessas facções e impedindo que continuem lucrando às custas da nossa população. Esse é o compromisso do nosso governo: um Rio de Janeiro mais seguro para todos", afirmou Castro.

O subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, Romualdo Gianordoli Neto, afirmou ainda que os "mecanismos não apenas lavavam o dinheiro proveniente do tráfico de drogas local, mas também os recursos do TCP em Vitória", capital do Espírito Santo.

"Esses mecanismos não apenas lavavam o dinheiro proveniente do tráfico de drogas local, mas também os recursos do TCP em Vitória, movimentando R$ 43 milhões em menos de um ano", disse o subsecretário em nota divulgada pelo governo fluminense.

Além da ação nas comunidades do Complexo da Maré, foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão em Bonsucesso, Campo Grande, Laranjeiras, bairros do Rio de Janeiro, e em comunidades de Vitória, no Espírito Santo.

"Além de reforçar a integração entre as instituições, essa operação busca desarticular redes criminosas que ameaçam a segurança pública em escala regional. Como venho dizendo, vamos quebrar a estrutura financeira dessas organizações criminosas", disse Victor dos Santos após as operações.

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