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Salles: maior desrespeito a questões ambientais ocorre onde não há prosperidade

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que "o maior índice de desrespeito a questões ambientais ocorre em locais onde não há prosperidade". Na avaliação do ministro, em entrevista à Rádio CNN, é "muito bom" que o setor privado tenha se mobil

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.10.2020, 10:44:00 Editado em 21.10.2020, 10:53:00
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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que "o maior índice de desrespeito a questões ambientais ocorre em locais onde não há prosperidade". Na avaliação do ministro, em entrevista à Rádio CNN, é "muito bom" que o setor privado tenha se mobilizado para cobrar do Ministério do Meio Ambiente ações de combate ao desmatamento na região amazônica e no Pantanal.

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"O pessoal destaca que o setor privado agora assinou uma carta e então se mobilizou etc. Eu acho isso muito bom porque finalmente o setor privado, de bancos a indústrias, de empresas de comércio a empresas de tecnologia, se voltam e colocam recursos privados para gerar emprego e renda. Isso é muito positivo", disse.

De acordo com Salles, é necessário que haja investimentos privados no desenvolvimento econômico sustentável, com atividades que sejam fontes de emprego e renda para as pessoas e que respeitem o meio ambiente.

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Tanto Salles quanto o vice-presidente da República e coordenador do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, foram cobrados em comunicados de entidades nacionais e internacionais por ações mais enérgicas contra o desmatamento.

Fiscalização

Para o ministro, enquanto a responsabilidade de fiscalizar as unidades de conservação, assentamentos e terras indígenas é de órgãos federais, são os Estados que devem fazer a fiscalização e o combate aos incêndios que atingem fazendas e outras propriedades privadas.

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"O governo federal dá suporte aos Estados, fiscaliza em caráter primário as áreas federais, mas não as propriedades privadas. Essas, são os Estados que fiscalizam", disse o ministro. Salles ressaltou, entretanto, que não é fácil fazer a identificação da causa ou origem dos incêndios.

Segundo Salles, as temperaturas atípicas, secura e ventos fortes na região do Pantanal colaboraram para o recorde de queimadas que atingiram a região. "Para se ter uma ideia, no Pantanal as temperaturas neste ano são as maiores nos últimos 70 anos", afirmou o ministro.

No início do mês, o Pantanal apresentou a sétima alta mensal consecutiva e bateu o recorde do registro histórico para setembro, com 8.106 focos de calor, alta de 180% em relação ao mesmo mês do ano anterior, que teve 2.887 focos. Em nove meses, o bioma também bateu o recorde anual.

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Retardantes

Salles disse também ser "totalmente infundada" a crítica ao uso de retardantes químicos para conter as incêndios florestais. O Ibama e o Ministério do Meio Ambiente suspenderam na última semana a compra de 20 mil litros de retardante de fogo, em regime de urgência e sem licitação, para lançar sobre áreas de queimadas do Pantanal, em Mato Grosso. Laudo técnico do próprio Ibama, de 2018, apontou que a aplicação desse produto exige cuidados, por possíveis riscos ao meio ambiente e à saúde humana.

"O retardante de fogo tem uma composição muito semelhante a um fertilizante", afirmou o ministro. Segundo Salles, o próprio Ibama avançou na análise de retardantes e disse não haver mais as mesmas restrições aos produtos que seriam utilizados tal qual parecer de 2018.

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