Apesar de ser um dos segmentos mais antigos do mundo, a indústria química nunca deixou de se atualizar. Grande parte dos avanços é acompanhada pela própria sociedade, que pode desfrutar de produtos e bens de consumo cada vez melhores. Porém, o que muitos desconhecem é sobre como a tecnologia tem impactado os métodos de produção.
Por meio de aparelhos e sistemas mais modernos, o setor consegue ter maior eficiência, produtividade e entregar resultados mais confiáveis. Confira a seguir alguns casos em que a tecnologia pode alavancar a química!
Aparelho de titulação
A titulação é uma técnica usada para determinar a concentração molar de uma matéria quando misturada a uma solução ácida ou básica. Esse método é usado há muitos anos, com equipamentos simples, como uma biruta e um suporte universal.
Na prática, ele serve para saber de maneira mais precisa a quantidade de uma substância, e até confirmar se algo descrito em uma embalagem é verdadeiro ou não. Por conta dos órgãos reguladores, diversos segmentos devem atestar que estão entregando o que prometem. Uma fabricante de alimentos, por exemplo, precisa assegurar a qualidade do que produz, sob o risco de provocar danos à saúde dos consumidores.
Atualmente, existem aparelhos chamados de tituladores que realizam essa técnica de maneira mais prática e eficiente. Muitos deles têm recursos avançados, permitindo até obter uma análise automatizada, além de mais rastreabilidade e produtividade, ao mesmo tempo em que cumpre com as regulamentações.
Inteligência artificial
Outra tecnologia que está sendo usada na química é a inteligência artificial. Como existe uma preocupação cada vez maior com qualidade, avaliação de riscos e políticas ambientais, esse recurso tende a ser mais demandado. Até porque, a vantagem principal da IA é processar um grande volume de dados e fazer análises em um tempo curto, algo que exigiria mais de um humano ou não seria possível de ser feito.
A inteligência artificial já vem sendo utilizada em análises de medicamentos, combustíveis e alimentos. A expectativa é que em um futuro breve ela possa servir para os próprios consumidores avaliarem a qualidade de algo. Assim como já existem relógios inteligentes capazes de medir os batimentos cardíacos, haverão sensores para verificar a quantidade de açúcar e proteínas em alimentos, por exemplo.
Internet Industrial das Coisas (IIOT)
Similar à Internet das Coisas, a Internet Industrial das Coisas se refere à conectividade de instrumentos, sensores e dispositivos em uma indústria. Por meio dessa integração, é possível captar mais dados, fazer análises, aumentar a produção e melhorar a segurança dos processos.
No caso da indústria química, os principais ganhos do IIOT estão em poder identificar lacunas e garantir mais eficiência, inclusive para entregar produtos e serviços melhores. Devido a essa necessidade, a tendência é que o uso de sistemas integrados e que preveem a tomada de decisão com base em dados continue aumentando, até porque é um diferencial competitivo no mercado.
Computação na nuvem
Outro avanço que tem sido bastante utilizado pela indústria química é a computação na nuvem. Impulsionadora da revolução 4.0, essa tecnologia permite ter uma estrutura computacional muito maior, mais disponível e com menos custos.
No dia a dia, a computação em nuvem já é usada pelas pessoas quando elas acessam vários recursos pagando apenas pelo uso. Até alguns anos, por exemplo, para armazenar arquivos era necessário ter um dispositivo e, em alguns casos, pagar por um sistema específico. Atualmente, grandes empresas, como Google, disponibilizam espaço para guardar documentos, imagens, vídeos e muito mais.
No caso do setor químico, a tecnologia facilita o compartilhamento de dados, garante o acesso e controle de informações de diversos dispositivos, possibilita a existência da IIOT, etc. Embora as vantagens empolguem, é importante dizer que as empresas do segmento têm também desafios, em especial no que diz respeito à segurança.
Como as empresas costumam lidar com dados sigilosos, elas devem estar atentas para que eles sejam guardados em ambientes seguros, restritos a poucas pessoas e que estejam em compliance com as regulamentações vigentes. O uso de computação na nuvem não isenta as companhias de suas responsabilidades. Na verdade, ao contratar um serviço desse tipo elas já estão cientes do que podem e devem fazer para evitar imprevistos, e quais são as garantias que os softwares possuem.
A tecnologia tem mostrado que pode ser uma peça-chave para todos os segmentos, inclusive para a indústria química. Seja permitindo análises mais rápidas e precisas ou automatizando processos, o fato é que os avanços trazem retornos positivos para todos. Porém, é necessário que as empresas tenham cuidado para que possam usar dos novos recursos da melhor forma e sem correr riscos.
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