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Roubos, furtos e estupros crescem no 1º semestre em SP; homicídios caem

Os registros de roubos, furtos e estupros notificados no Estado de São Paulo aumentaram no primeiro semestre deste ano quando comparados com o mesmo período de 2021. Os dados atualizados foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) na tarde

João Ker (via Agência Estado)

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Escrito por João Ker (via Agência Estado)
Publicado em 25.07.2022, 21:07:00 Editado em 25.07.2022, 21:11:09
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Os registros de roubos, furtos e estupros notificados no Estado de São Paulo aumentaram no primeiro semestre deste ano quando comparados com o mesmo período de 2021. Os dados atualizados foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) na tarde desta segunda-feira, 25, e mostram também que houve queda nos homicídios.

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O total de roubos no Estado entre janeiro e junho deste ano aumentou 9,5% em relação ao primeiro semestre de 2021, saltando de 108.698 para 119.016. A tendência foi observada em quase todos os recortes do crime, como roubo de veículos, de carga e outros. A única diminuição foi no roubo a bancos, que caiu de dez para oito ocorrências.

Os furtos tiveram aumento ainda maior no período, de 31,4% no Estado. O total dessas ocorrências foi de aproximadamente 210 mil para mais de 275 mil no último ano, o que fez o índice ultrapassar os registros do período pré-pandêmico. Em 2019, por exemplo, foram 271 mil crimes desse tipo notificados pela SSP.

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O total de estupros registrados também cresceu de 5,7 mil para aproximadamente 6 mil. O aumento de 5,6% foi notificado principalmente como "estupro de vulnerável", quando o abuso sexual é praticado contra uma pessoa menor de 14 anos ou que apresente alguma doença ou enfermidade que a impede de resistir ao ato.

Na contramão dessa tendência, houve diminuição de 0,2% entre os homicídios dolosos notificados no Estado. Na prática, foram registradas 29 vítimas desse crime a menos que no ano passado.

Os registros dos meses anteriores já apontavam para a tendência de aumento dos crimes contra o patrimônio em São Paulo, que começam a se aproximar dos níveis registrados antes da pandemia ou, como é o caso dos furtos, ultrapassá-lo.

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Isolamento

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública destacou os efeitos do período da pandemia sobre os indicadores. "Nos últimos dois anos, São Paulo viveu um período de grande isolamento social para enfrentar a pandemia do coronavírus, o que impactou diretamente a dinâmica criminal. Em 2020, a média de pessoas que permaneciam em suas casas, medida pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), foi de 45%. Já em 2021, o número ficou em 42%."

Com isso, a pasta compara os dados de 2022 com os de 2019. "No Estado, todas as modalidades de roubos também recuaram. Em junho, os roubos em geral e os roubos de veículos caíram 7,9% e 18,9%, respectivamente. No primeiro indicador, foi de 21.986 para 20.251; no segundo, de 3.944 para 3.200. Já no primeiro semestre, a queda foi de 5,9% nos roubos em geral, que passaram de 126.528 para 119.016", declarou.

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Operação

Ainda em maio, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) anunciou o início da Operação Sufoco, que visa coibir os chamados "crimes de oportunidade".

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Para isso, a administração estadual quase dobrou o efetivo policial nas ruas, principalmente na capital e regiões metropolitanas da Grande São Paulo, interior e litoral. O número passou de 5 mil para 9,7 mil policiais. O objetivo era "reduzir os indicadores criminais, especialmente neste período pós-pandemia, com aumento na circulação de pessoas nas ruas".

A mobilização ocorreu após casos em série de assaltos realizados por falsos motoboys na cidade. Em um deles, a vítima foi morta no Jabaquara, na zona sul. O suspeito foi preso. O governo tem destacado que a produtividade policial tem aumentado, com mais prisões. A operação é também uma aposta de Garcia diante da disputa eleitoral para o Palácio dos Bandeirantes.

Capital

A capital paulista ultrapassou o crescimento da média estadual de roubos e teve um aumento de 12,2% no índice durante este primeiro semestre, quando comparado com o mesmo período do ano passado. A tendência foi observada em todos os recortes - veículos, carga, bancos e outros -, totalizando 68,9 mil ocorrências desse tipo entre janeiro e junho, contra 61,4 mil nos mesmos meses de 2021.

As dez delegacias que mais registraram roubos neste primeiro semestre foram: Campos Elíseos (3.618), Capão Redondo (2.686), Sé (2.099), Campo Limpo (1.785), Pinheiros (1.602), Pari (1.510), São Mateus (1.439), Jardim Herculano (1.381), Parque Santo Antonio (1.357) e Consolação (1.340).

Apesar do aumento nos roubos, os homicídios dolosos tiveram uma diminuição mais drástica na capital, com queda superior à do Estado. Enquanto o índice estadual diminuiu apenas 0,2%, o municipal caiu 17,9%, indo do total de 301 para 247 entre os primeiros semestres deste e do ano passado.

Já os furtos no município seguiram o parâmetro estadual e recuaram 30,6% entre janeiro e junho deste ano. Os estupros também seguiram a tendência, mas com queda menor, de 1,8% no mesmo período.

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