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Roubos caem, mas Brasil tem 2 celulares levados por ladrões a cada minuto

A cada minuto, praticamente dois celulares foram levados por ladrões ao longo do ano passado no Brasil. Ao todo, quase 1 milhão de registros desse tipo de ocorrência (937.294) foram feitos nas delegacias do País em 2023. Mas, embora a percepção da insegur

Ítalo Lo Re e Marcio Dolzan (via Agência Estado)

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Escrito por Ítalo Lo Re e Marcio Dolzan (via Agência Estado)
Publicado em 18.07.2024, 13:57:00 Editado em 18.07.2024, 14:03:07
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A cada minuto, praticamente dois celulares foram levados por ladrões ao longo do ano passado no Brasil. Ao todo, quase 1 milhão de registros desse tipo de ocorrência (937.294) foram feitos nas delegacias do País em 2023. Mas, embora a percepção da insegurança seja crescente em grandes centros urbanos, o volume total de furtos caiu 4,7% ante o ano anterior.

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Outros tipos de crimes contra o patrimônio, como roubos a estabelecimentos, de cargas ou ataques a bancos também tiveram queda. Os dados constam do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira, 18.

O número total de roubos foi 870.320, 10,9% a menos do que no ano anterior Dependendo do objeto levado pelos ladrões, este pode ser contabilizado em mais de uma categoria de roubo, de modo que o número de registros de roubo total pode ser inferior à soma das outras categorias. O Anuário não traz um total de furtos.

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O estudo mostra que vias públicas concentram o maior percentual de roubos de telefones, com oito em cada dez casos (78%). Os furtos, por sua vez, são mais espalhados: 44% foram nas vias públicas, 14% em estabelecimentos comerciais ou financeiros, e 13% dentro das próprias residências, entre outros.

"O aparelho celular ainda é o meio híbrido que faz a passagem do crime patrimonial, de rua, para o crime patrimonial virtual-cibernético", explica Renato Sérgio de Lima, que é presidente do Fórum.

"Proporcionalmente, os aparelhos mais visados são Iphones, da Apple. Isso não é à toa: quem tem Iphone é uma classe com maior poder aquisitivo. Roubar um iPhone é sinônimo de que ele tende a gerar mais dinheiro do que se roubar outro aparelho."

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São Paulo tem a terceira maior taxa de furtos ou roubos de celulares entre as cidades com mais de 100 mil habitantes. A capital registra 1.781,6 celulares subtraídos dentro desse grupo, ficando atrás apenas de Manaus (2.096,3) e Teresina (1.866).

O Radar da Criminalidade do Estadão, que permite monitorar os índices de roubos de celulares nos diferentes pontos da cidade, mostra que as ocorrências estão migrando cada vez mais para outras regiões da capital. Se antes o maior número de casos era visto em áreas do centro, agora bairros como Perdizes, na zona oeste, veem alta de crimes desse tipo.

Outros cinco municípios paulistas aparecem entre as 25 com maiores taxas de subtração de aparelhos: Itapecerica da Serra (13º lugar), Diadema (14º), Poá (18º), Guarujá (19º) e Ferraz de Vasconcelos (25º).

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Apesar do grande número de casos nas seis cidades citadas, o Estado registrou forte queda nesse tipo de crime no último ano, de -16,6% em relação a 2022.

Roubos e furtos de veículos têm queda

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O Anuário divulgado nesta quinta-feira mostra também que, à exceção dos estelionatos, os diferentes crimes contra o patrimônio tiveram queda no ano passado. Se a redução global nas ocorrências envolvendo celulares foi de 4,7%, outros crimes tiveram diminuição maior em 2023.

Os roubos a bancos e outros tipos de instituições financeiras caíram 29,3% em relação a 2022. Treze Estados não tiveram nenhum registro e 12 apresentaram diminuição de casos. O Pará foi a única unidade da federação que registrou aumento na taxa, de 2,8%.

"Diminuiu a quantidade de circulação de carros-fortes, porque com o Pix, com o mundo virtual, diminuiu a quantidade de dinheiro em circulação, o papel moeda. Portanto diminuíram a quantidade de caixas eletrônicos", aponta Renato Sérgio de Lima, presidente do Fórum.

"Hoje você quase não tira dinheiro. O que antes era um negócio - estourar um caixa eletrônico - hoje se mostra uma coisa que vai render menos dinheiro e é mais arriscado. Um roubo tem uma pena mais agravada do que, por exemplo um golpe, além de ter o risco de entrar em confronto com a Polícia Militar", acrescenta.

Outros dois crimes bastante comuns no País - os roubos e furtos de veículos - tiveram redução de 9% no ano passado. As quedas mais expressivas foram no Tocantins (-39,4%) e em Sergipe (-38%). Em São Paulo, a redução foi de 7,6%. Em compensação, Pernambuco registrou alta de 9,9% de casos.

Os estabelecimentos comerciais, por sua vez, viram reduzir os índices de roubos em 18,8% no País; nas residências, as ocorrências caíram 17,3%; e os roubos a transeuntes tiveram variação de -13,8%.

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