Dois homens foram mortos por policiais da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), a tropa de elite da Polícia Militar, na noite da quinta-feira, 8, no bairro da Alemoa, em Santos, no litoral de São Paulo. Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), agentes do 1.º Batalhão de Choque, da 3.ª Companhia e do pelotão de Rota Vespertina foram acionados para averiguar uma denúncia sobre o possível paradeiro de Kaique da Silva Coutinho, apontado como autor do disparo que matou o soldado Samuel Wesley Cosmo, no último dia 2.
Durante as buscas, na Vila dos Criadores, uma das equipes se deparou com um grupo de homens que, ao verem os policiais, fizeram disparos de armas de fogo.
Eles fugiram para a Avenida Bandeirantes e foram cercados por outra equipe. Os policiais atiraram e atingiram dois dos suspeitos. Os demais fugiram em direção ao Rio Casqueiro.
Conforme a pasta, os dois homens foram levados pelo serviço de resgate do Corpo dos Bombeiros para a Unidade de Pronto Atendimento da Zona Noroeste, mas acabaram morrendo. Até a tarde desta sexta-feira, 9, a identidade deles não tinha sido divulgada.
Com os suspeitos, os policiais apreenderam uma mochila com 700 porções de cocaína, maconha, duas armas de fogo, um rádio transmissor e munição. Segundo o registro policial, seis policiais fizeram disparos de fuzil e pistola contra os suspeitos. Eles usavam câmeras corporais durante a ocorrência.
A ocorrência foi registrada no plantão da Polícia como morte decorrente de intervenção policial e homicídio tentado. O caso será apurado pelo 5.º Distrito Policial.
Recompensa de R$ 50 mil
A Secretaria de Segurança Pública anunciou que irá pagar R$ 50 mil por informações que ajudem a localizar Kaique Coutinho do Nascimento, de 21 anos, conhecido como "Chip", apontado como assassino do soldado Cosmo. Ele morreu durante patrulhamento de rotina na Praça José Lamacchia, no bairro Bom Retiro.
Uma gravação de câmera corporal mostra o momento em que o soldado da Rota foi baleado no rosto. Segundo a SSP, "Chip" é foragido da Justiça. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Kaique.
O episódio faz parte da recente de escalada de violência na Baixada Santista. A Secretaria de Segurança de São Paulo decidiu montar um gabinete em Santos para coordenar a operação policial da região. Só durante o mês de fevereiro, foram registradas 15 mortes de pessoas apontadas como suspeitas em confronto com a PM na Baixada Santista em cidades como São Vicente, Cubatão e Itanhaém.
O secretaria também prevê o aumento do efetivo no litoral de São Paulo como reforço na Operação Verão. A região será atendida por homens do 6.º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) do ABC, e do 15.º Baep de Guarulhos.
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