A reprodução assistida tem se tornado uma esperança para muitos casais homoafetivos que desejam realizar o sonho de serem pais ou mães. Uma resolução de 2013 do Conselho Federal de Medicina (CFM) permitiu o uso da técnica para casais do mesmo sexo e pessoas solteiras. Nessa busca por alternativas, o médico especialista em reprodução assistida, Dr. Alessandro Schuffner, esclarece as possibilidades e procedimentos disponíveis para esses casais.
"Para casais homoafetivos, a reprodução assistida é indicada quando o desejo de engravidar é genuíno, mas a concepção natural não é possível", explica o Dr. Schuffner. No caso de casais homoafetivos femininos, em que a falta de espermatozoides é um obstáculo, a opção é recorrer a um banco de sêmen.
"Essa mulher pode engravidar com o próprio óvulo, através de uma inseminação intrauterina com o sêmen do doador, ou ainda, utilizar o óvulo da parceira. Nesse caso, realizamos a aspiração do óvulo da parceira, combinamos com o sêmen do doador e, após a fertilização in vitro, transferimos o embrião formado para o útero da outra mulher do casal", detalha o especialista.
Já no caso de casais homoafetivos masculinos, o processo é um pouco mais complexo. "Precisamos de uma doadora de óvulo, que pode ser familiar até quarto grau de um dos homens, combinando com os espermatozoides do outro parceiro. Além disso, é necessário um útero de substituição, o qual pode ser de outra mulher também familiar até quarto grau dos futuros pais", esclarece o médico.
Com relação à regulamentação, o Dr. Schuffner ressalta que o aumento no número de pacientes se deve à nova regulamentação do CFM. "Essa nova regulamentação nos deu liberdade para realizar tratamentos de reprodução assistida tanto para casais femininos quanto masculinos, permitindo que a doadora do óvulo seja uma familiar. Essa mudança tem contribuído significativamente para a busca dessas soluções por parte de casais homoafetivos", enfatiza o médico.
Com a regulamentação a favor e os avanços da ciência, a reprodução assistida tornou-se uma luz no fim do túnel para casais homoafetivos que desejam formar suas famílias biológicas. O Dr. Alessandro Schuffner reforça a importância de conscientizar a sociedade sobre a possibilidade de paternidade e maternidade para todos, independentemente de sua orientação sexual, e do compromisso em oferecer alternativas viáveis e seguras para que esse sonho se torne realidade.
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