O paracetamol está disponível livremente em farmácias, sem necessidade de receita médica, ele se mantém entre os remédios mais consumidos de todo o mundo. No Brasil, ele está classificado em 19ª posição de consumo.
Para ter ideia, algumas estimativas apontam vendas de 49 mil toneladas desse medicamento ao ano nos Estados Unidos, o que significa 298 comprimidos por americano a cada 12 meses. No Reino Unido, a média é de 70 unidades desse fármaco por pessoa durante o mesmo período.
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E o mais curioso dessa história é que, apesar de ser conhecido há mais de um século, o paracetamol ainda está cercado de mistérios: o mecanismo de ação dele ainda não foi completamente desvendado pelos cientistas.
As evidências sobre a eficácia dessa medicação para diversos incômodos também variam, em alguns casos, como a dor na lombar, os efeitos do comprimido ou das gotas não são superiores aos do placebo, uma substância que não tem efeito terapêutico algum.
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Uma coisa que está bem clara para os especialistas, porém, é o risco de overdose: esse medicamento é a principal causa de falência do fígado em países como EUA e Reino Unido, o que gerou alertas de várias entidades de saúde nos últimos anos. Por trás desse cenário, está a alta disponibilidade dos comprimidos e a falta de orientações sobre os limites de consumo.
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