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Quem pode tomar a vacina contra Monkeypox? Tire suas dúvidas

Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda a vacinação em massa contra o vírus causador da varíola dos macacos; entenda

Bárbara Giovani (via Agência Estado)

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A estratégia de vacinar públicos específicos se deve à limitação de produção e acesso aos imunizantes
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A estratégia de vacinar públicos específicos se deve à limitação de produção e acesso aos imunizantes
Escrito por Bárbara Giovani (via Agência Estado)
Publicado em 15.08.2024, 14:39:00 Editado em 15.08.2024, 15:00:55
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Mesmo declarando a mpox uma emergência de saúde pública de interesse internacional, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda a vacinação em massa contra o vírus causador da doença. Desde o surto de 2022, a orientação da entidade é vacinar públicos mais suscetíveis à infecção e à sua manifestação grave, além das pessoas que já foram expostas, a fim de evitar a transmissão para novos indivíduos.

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-LEIA MAIS: Monkeypox desenvolve nova variante e se torna emergência global

No Brasil, a vacinação contra mpox -também chamada de Monkeypox ou varíola dos macacos - foi iniciada em 2023, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar o uso provisório de um imunizante conhecido como Jynneos ou Imvanex, produzido pela farmacêutica Bavarian Nordic. Ele deve ser aplicado em duas doses, com um intervalo de quatro semanas entre elas.

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Desde então, 47 mil doses foram recebidas e mais de 29 mil foram aplicadas, segundo o Ministério da Saúde. A pasta está em negociação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para aquisição de outras 25 mil doses.

O entendimento das autoridades é que as estratégias de prevenção devem ser reforçadas, mesmo a doença não configurando uma ameaça no País neste momento - foram 709 casos confirmados no Brasil em 2024, número bem menor do que o total de registros durante o surto de 2022, quando mais de 10 mil casos foram notificados.

Por aqui, os critérios utilizados para aplicação da vacina seguem as orientações da OMS e priorizam grupos de risco, listados a seguir.

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Quem pode tomar a vacina contra mpox?

Pré-exposição: pessoas entre 18 e 49 anos que vivem com HIV/Aids e profissionais que atuam diretamente em contato com o vírus em laboratórios. Caso haja vacina disponível na rede, a imunização pode ser indicada também para indivíduos em situação de profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP). Nesses casos, a orientação é que a aplicação da vacina seja feita com um intervalo de 30 dias entre qualquer imunizante previamente administrado.

Pós-exposição: pessoas com mais de 18 anos que foram expostas ao vírus mpox por contato direto ou indireto com fluidos e secreções de uma pessoa contaminada, o que pode acontecer: pelo toque na pele ou mucosa; por relações sexuais; pela inalação de gotículas em ambientes fechados de convívio comum; pelo compartilhamento de objetos, especialmente os perfurocortantes. Nesses casos, a recomendação é que a vacina seja administrada em até quatro dias após a exposição. Apenas em situações excepcionais a imunização pode ser realizada em até 14 dias, mas com redução da sua efetividade.

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Chamado da OMS

A estratégia de vacinar públicos específicos se deve à limitação de produção e acesso aos imunizantes.

Além da vacina Jynneos, a OMS recomenda o imunizante ACAM2000, que é produzido pela farmacêutica Sanofi Pasteur e voltado para proteção contra a varíola, porém não possui aprovação em todos os países. A vacina tem o aval das agências reguladoras dos Estados Unidos e da Europa, mas não do Brasil, por exemplo. A ACAM2000 também não está amplamente disponível e seu uso está sujeito às mesmas orientações da OMS.

Nesse cenário — e antes mesmo de declarar a mpox uma emergência de saúde de interesse internacional — a OMS emitiu um comunicado solicitando que fabricantes de vacinas contra o vírus submetam pedidos de análise de uso emergencial de seus produtos. Esse tipo de liberação permite agilizar o acesso aos imunizantes em situações de urgência de saúde pública.

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