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Queima de equipamento busca barrar garimpo

As ações federais de repressão ao garimpo ilegal ao longo do Rio Madeira, no Estado do Amazonas, avançaram ontem pelo segundo dia, com a destruição de todos os equipamentos encontrados pelos agentes da Operação Uiara. O Estadão acompanha as ações de fisca

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.11.2021, 08:02:00 Editado em 29.11.2021, 08:09:20
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As ações federais de repressão ao garimpo ilegal ao longo do Rio Madeira, no Estado do Amazonas, avançaram ontem pelo segundo dia, com a destruição de todos os equipamentos encontrados pelos agentes da Operação Uiara. O Estadão acompanha as ações de fiscalização no local.

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Ao menos 31 balsas e 69 dragas, que são os equipamentos usados para sugar o leito do rio, já foram destruídas pela operação, que reúne agentes de Polícia Federal, Ibama, Marinha e Aeronáutica. O que se pretende com esse gesto, que é frequentemente criticado pelo presidente Jair Bolsonaro, é inviabilizar o maquinário utilizado para a prática do crime ambiental.

LEGISLAÇÃO

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A ação tem previsão legal e é regulamentada. O prejuízo financeiro causado aos donos dos equipamentos acaba retardando os planos dos empresários do garimpo de retomarem as operações. Apesar da estrutura precária das balsas que diariamente é enfrentada pelos garimpeiros que operam os equipamentos - muitas vezes acompanhados de suas famílias -, geralmente eles não são os donos do equipamento. Trata-se, na maioria dos casos, de pessoal que presta serviços para terceiros que financiam a operação.

As balsas em si são baratas, por se tratar de estruturas feitas, basicamente, de madeira. O maquinário colocado sobre elas, porém, é equipamento pesado, com preço que pode oscilar de R$ 50 mil a R$ 1 milhão. Em alguns casos, estruturas mais bem equipadas chegam a ultrapassar esse valor, segundo os agentes policiais.

A queima é feita com o próprio combustível encontrado nas estruturas, que normalmente carregam grandes tanques de plástico com centenas de litros de gasolina. Em cerca de cinco minutos, o fogo se alastra e coloca tudo abaixo. Com o calor extremo, os equipamentos de ferro costumam dilatar, comprometendo uma nova utilização. Com o afundamento no leito do rio, torna-se item irrecuperável.

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O recolhimento desse material também não costuma ser feito pelos agentes, dadas as difíceis situações logísticas nas quais são encontrados. O transporte do equipamento, além de ser complexo, também pode colocar os próprios agentes em novas situações de risco.

PRISÃO

Neste domingo, duas pessoas foram detidas durante a abordagem policial. Elas estavam com ouro e foram encaminhadas à superintendência da Polícia Federal do Amazonas, em Manaus. A operação policial começou na madrugada do sábado. Depois de dezenas de abordagens feitas na região de Autazes e Nova Olinda do Norte, no Estado do Amazonas. A Operação Uiara, batizada com a palavra que tem origem na língua tupi e significa "mãe da água", segue para o trecho do rio que corta o município amazonense de Borba.

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O Estadão acompanhou uma dessas destruições nas margens do Rio Madeira, na altura do município de Nova Olinda do Norte, por agentes da Polícia Federal. Ao abordarem a balsa, peritos da PF colheram itens pessoais deixados pelos garimpeiros e material retirado pelas dragas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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