A propriedade avaliada em R$ 2 milhões que motivou o assassinato da cabeleireira Elizamar da Silva e outras nove pessoas no Distrito Federal já eram alvo de uma disputa judicial movida por outra família de Brasília, afirma a Polícia Civil.
De acordo com a polícia, o terreno de 5,2 hectares é de propriedade da família que entrou na Justiça há mais de 40 anos, mas estava sendo ocupado indevidamente por Marcos Antônio Lopes de Oliveira, Renata Juliene Belchior e Gabriela Belchior desde 2019. Eles foram mortos na chacina e eram sogro, sogra e cunhada da cabeleireira Elizamar.
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Segundo a polícia, um caseiro que cuidava das terras com contrato de trabalho assinado pela família repassou a vaga de forma irregular para outra pessoa, que passou a ocupar o terreno (veja detalhes abaixo).
Em 2019, o local teria sido repassado da mesma forma para Marcos Antônio. O advogado da família de Elizamar, João Darc's Fernandes Costa, afirmou que eles não conheciam os detalhes envolvendo o processo judicial, que estava sob responsabilidade de Marcos Antônio.
INQUÉRITO
No inquérito policial concluído semana passada, a Polícia Civil afirmou que dez pessoas, inclusive três crianças, foram mortas para que não houvesse herdeiros para o terreno dos familiares de Marcos Antônio.
As vítimas do crime são:
Elizamar Silva, de 39 anos: cabeleireira;
Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos: marido de Elizamar Silva;
Rafael da Silva, de 6 anos: filho de Elizamar e Thiago;
Rafaela da Silva, de 6 anos: filha de Elizamar e Thiago;
Gabriel da Silva, de 7 anos: filho de Elizamar e Thiago;
Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos: pai de Thiago e sogro de Elizamar;
Renata Juliene Belchior, de 52 anos: mãe de Thiago e sogra de Elizamar;
Gabriela Belchior, de 25 anos: irmã de Thiago e cunhada de Elizamar;
Cláudia Regina Marques de Oliveira, de 54 anos: ex-mulher de Marcos Antônio;
Ana Beatriz Marques de Oliveira, de 19 anos: filha de Cláudia e Marcos Antônio.
Com informações do G1.
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