A Secretária de Estado da Educação (SED) de Santa Catarina investiga a conduta de um professor de um colégio estadual de Joinville, suspeito de apoiar um ataque recente ocorrido em uma creche em Blumenau. Durante a aula, o homem fez uma referência ao massacre e afirmou que "mataria uns15, 20". O momento foi gravado pelos estudantes.
Ainda no registro, o docente disse que "entraria com dois facões, um em cada mão, e passaria correndo acertando as vítimas".
O caso foi repassado à SED e os pais dos estudantes da instituição de ensino onde o professor leciona querem a expulsão dele.
A pasta afirmou que “está tomando todas as medidas cabíveis” e fará a “verificação dos fatos para dar andamento ao processo”. Veja a nota na íntegra no fim da matéria.
A equipe de reportagem do NSC Total conversou com uma aluna do 1º ano do Ensino Médio, que deu mais detalhes sobre o caso. De acordo com a jovem, a turma estava conversando sobre a tragédia registrada em Blumenau e, em um determinado momento, o professor entrou na conversa e afirmou que “mataria mais do que quatro pessoas, pois a população está muito grande”.
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Ainda segundo essa jovem, o professor costuma fazer comentários preconceituosos e de ódio em diversas ocasiões. Ela diz que certa vez uma colega confessou estar triste durante uma aula, e o professor teria sugerido que ela retirasse a própria vida para “poupar oxigênio no mundo”.
"Ele diz que mulher não deve ter os mesmos direitos dos homens. Ele xinga nas aulas. Ninguém gosta das aulas dele, todos ficam desanimados. O que ele ensina é errado", disse a estudante em uma entrevista concedida ao NSC Total.
Veja abaixo a nota da Secretaria:
"A Secretaria de Estado da Educação (SED), por meio da coordenadoria regional de Joinville, informa que está ciente da situação envolvendo um professor na EEB Dr. Georgi Keller e está tomando todas as medidas cabíveis.
Neste primeiro momento, será realizada a escuta junto a direção da escola para verificação dos fatos para dar andamento ao processo.
A SED salienta que, visando o fortalecimento socioemocional, o currículo catarinense trabalha com competências e habilidades que ampliam o respeito e a empatia na sociedade. As coordenadorias regionais também contam com profissionais como psicólogos e assistentes sociais, que compõem o Núcleo de Prevenção às Violências Escolares (NEPRE), para dar suporte às escolas e estudantes."
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