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Preços de medicamentos adquiridos por hospitais fecharam maio com queda de 1,37%, aponta IPM-H

A deflação aguardada para o fechamento de junho no índice oficial de preços ao consumidor (IPCA) já se fez presente, em maio, nos medicamentos adquiridos por hospitais. Um mês após o reajuste anual definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamen

Francisco Carlos de Assis (via Agência Estado)

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Escrito por Francisco Carlos de Assis (via Agência Estado)
Publicado em 14.06.2023, 17:25:00 Editado em 14.06.2023, 17:31:59
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A deflação aguardada para o fechamento de junho no índice oficial de preços ao consumidor (IPCA) já se fez presente, em maio, nos medicamentos adquiridos por hospitais. Um mês após o reajuste anual definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que resultou na alta dos preços de medicamentos de maneira geral, o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) aponta recuo de 1,37%.

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Calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a plataforma Bionexo, empresa de tecnologia SaaS líder em soluções para gestão em saúde, o IPM-H dá conta de que o resultado do mês de maio foi influenciado pela queda nos preços dos grupos aparelho digestivo, metabolismo e sistema nervoso.

Em termos comparativos, o IPM-H de maio fechou 1,60 ponto porcentual abaixo da inflação ao consumidor medida pelo IPCA, que no mesmo período registrou uma alta média de 0,23% nos preços ao consumidor. O IPM-H em maio só não ficou abaixo da variação do IGP-M, que registrou uma deflação de 1,84% nos preços no atacado.

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"Além disso, informações do Banco Central revelaram um recuo mensal de 0,74% na taxa média de câmbio", disse o economista da Fipe, Bruno Oliva.

Segundo o economista, o comportamento do IPM-H se mostrou em linha com o comportamento histórico para o mês de maio. Isso porque, conforme padrão sazonal do índice, apurado desde 2015, os preços usualmente exibem desaceleração ou recuo no mês seguinte à entrada em vigor dos reajustes anuais autorizados pela CMED, que estabeleceu uma alta de até 5,6% para os preços dos medicamentos no país. Em abril os preços dos medicamentos foram ajustados para cima em 3,21%.

Entre os fatores que contribuíram para a queda observada no grupo terapêutico aparelho digestivo e metabolismo, pode-se destacar o comportamento dos preços de medicamentos classificados como antieméticos, muito demandados por hospitais.

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"O resultado colaborou para acomodar, parcialmente, altas apuradas para esse mesmo grupo terapêutico nos meses anteriores", disse Oliva.

De acordo com a apuração da Fipe e da Bionexo, entre os grupos terapêuticos, a queda se concentrou em medicamentos atuantes no aparelho digestivo e metabolismo, com variação negativa de 18,95%. Em seguida, destacaram os seguintes: sistema nervoso, com recuo de 2,93%; sangue e órgãos hematopoiéticos, com baixa de 0,68%; imunoterápicos, vacinas e antialérgicos, com variação de 0,41% a menor; aparelho cardiovascular, com deflação de 0,14%; e preparados hormonais, com ligeira queda de 0,03%).

Em contrapartida, apurou-se aumento mensal nos preços dos grupos: órgãos sensitivos, 1,18%; aparelho geniturinário, 0,53%; anti-infecciosos gerais para uso sistêmico, 0,50%; aparelho respiratório, 0,29%; sistema musculoesquelético, 0,25%; e agentes antineoplásicos, 0,21%.

Considerando o recuo do IPM-H em maio, os preços dos medicamentos para hospitais ampliaram as quedas para 3,06%, no balanço parcial de 2023, e para 5,74%, nos últimos 12 meses encerrados em maio.

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