Nesta terça-feira (29), um jovem de 20 anos foi preso sob a suspeita de planejar ataques armados a escolas do Distrito Federal. À polícia, ele detalhou o planejamento de massacres e confessou que participa de grupos com ideais nazifascistas e antidemocráticos. Na casa do jovem ainda foi apreendido material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.
A prisão ocorreu no âmbito da Operação Shield, da Polícia Civil do Distrito Federal, que tem o objetivo de reprimir atos graves de violência, incluindo massacres escolares, e contou com apoio do Instituto de Criminalística e de organizações internacionais, como a Homeland Security Investigations (Investigações de Segurança Interna, ou HSI, na sigla em inglês).
Em cooperação com a Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos, a polícia conseguiu descobrir que o indivíduo tinha a intenção de cometer atos graves de violência.
"Trata-se, portanto, de excelente exemplo em que a cooperação policial internacional, bem articulada entre os países envolvidos (EUA e Brasil), entre o Laboratório de Inteligência Cibernética (Seopi) e a PCDF, neutralizando uma tragédia, cujas consequências nefastas [seriam] incalculáveis, com prováveis dezenas de vítimas de ataque em Brasília/DF", informou a polícia.
Violência nas escolas
O Distrito Federal vive uma onda de violência nas escolas. Na terça-feira da semana passada (22), uma mulher apontou uma arma para o rosto de uma estudante em frente ao Centro Educacional São Francisco, em São Sebastião.
No mesmo dia, no Colégio Fundamental do Bosque, também em São Sebastião, um estudante de 15 anos esfaqueou uma colega de 14. E, ainda em São Sebastião, dias antes, três homens assaltaram um ônibus escolar.
De acordo com um levantamento feito pela Secretaria de Educação, a capital federal tem 126 escolas públicas com maior vulnerabilidade a casos de violência, a maior parte delas localizada em São Sebastião, Ceilândia e no Plano Piloto. O secretário de Segurança, Júlio Danilo, afirmou que o combate à violência deve ser preventivo, mas admitiu a gravidade dos fatos e disse que muitos dos enfrentamentos de adolescentes começam nas redes sociais.
Fonte: R7 Brasília.
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