Após o desaparecimento do policial militar Luca Romano Angerami, no domingo, 14, no Guarujá, a Polícia Militar de São Paulo deflagrou nova operação na Baixada Santista, litoral paulista. Um homem de 36 anos foi preso, suspeito de participação no crime.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), cerca de 250 policiais foram deslocados para reforçar o policiamento, prender os envolvidos e auxiliar nas buscas pelo soldado.
A retomada do patrulhamento ostensivo na região ocorre menos de três semanas após o fim da Operação Verão, que foi criticada por entidades por causa da alta letalidade policial. Parentes de mortos e a Ouvidoria das Polícias de São Paulo falaram em supostos abusos das forças de segurança, o que é negada pela secretaria.
Na terça-feira, 16, a PM localizou o corpo de um homem, ainda não identificado, na região do Guarujá. "O Corpo de Bombeiros foi acionado e retirou o corpo do local. A perícia foi acionada e as investigações seguem. Não há, no entanto, indícios de que se trate do policial desaparecido", acrescenta a pasta.
Entenda o caso
Angerami está desaparecido desde a madrugada de domingo. Conforme a SSP, o veículo onde ele estava foi encontrado no mesmo dia por policiais militares rodoviários. O carro estava abandonado na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, mas ainda não há mais informações sobre o paradeiro do agente.
Ele foi identificado como integrante do efetivo do 3º Batalhão de Polícia Metropolitano, localizado na zona sul da capital paulista, segundo informações divulgadas pelo deputado estadual Major Mecca.
Ainda segundo a pasta, também no domingo, policiais realizavam buscas na Vila Santo Antônio, no Guarujá, quando abordaram um homem de 36 anos em atitude suspeita.
A secretaria afirmou que ele teria confessado, informalmente, ter participado de um suposto homicídio do policial, mas, ao ser conduzido à delegacia, teria manifestado o desejo de falar somente em juízo.
A Baixada Santista teve aumento do policiamento ostensivo durante a Operação Escudo, em agosto e setembro do ano passado, e na Operação Verão deste ano, entre dezembro e março. A mobilização policial ocorreu após mortes de agentes. O número de mortos nas duas operações policiais passa dos oitenta.
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