A Polícia Civil do Guarujá indiciou três homens neste sábado, 5, por suspeita de participação no assassinato de Patrick Bastos Reis, soldado da Rota baleado em 28 de julho na Baixada Santista. Um outro policial ficou ferido na mão na ocasião.
Os três respondem pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio e associação ao tráfico de drogas.
Um deles foi preso em flagrante e os outros dois tiveram prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça.
Os dois policiais militares da Rota, tropa de elite da Polícia Militar, foram baleados quando faziam patrulhamento no município do litoral.
O assassinato do soldado Reis desencadeou nos últimos dias a Operação Escudo, com o objetivo de encontrar os suspeitos envolvidos no crime. Participam da ação 600 agentes de equipes especializadas das polícias Civil e Militar do litoral de São Paulo.
Na última terça-feira, 1º de agosto, mais dois policiais militares foram baleados em Santos enquanto realizavam patrulha preventiva.
No dia seguinte, uma viatura da Polícia Militar também foi baleada em Caraguatatuba, a cidade com a maior taxa de homicídios de São Paulo, o que acabou provocando a expansão da Operação Escudo para o litoral norte do Estado.
Desde o último dia 28, a ação já deixou 16 mortos na região.
Como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou, essa é a operação mais letal da Polícia Militar de São Paulo desde a onda de ataques registrada em 2006. Moradores do litoral paulista relatam abusos, como tortura e execuções.
A Secretaria da Segurança Pública diz que as mortes decorrem de conflitos e que os casos são investigados.
Segundo um balanço oficial divulgado pela pasta, a Operação Escudo prendeu 147 pessoas e apreendeu 478 quilos de drogas nos últimos oito dias.
Em nota, a secretaria afirma que "a ação segue para sufocar o tráfico de drogas e desarticular o crime organizado na Baixada Santista".
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