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Plano de saúde do PCC: 'gravatas' agenciavam médicos e dentistas para prisioneiros

O Ministério Público de São Paulo descortinou como o setor dos Gravatas do PCC - advogados da maior facção do País - gerenciava um 'setor de saúde' para a organização criminosa, providenciando atendimentos médicos e odontológicos para integrantes graduado

Pepita Ortega, Marcelo Godoy e Fausto Macedo (via Agência Estado)

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Escrito por Pepita Ortega, Marcelo Godoy e Fausto Macedo (via Agência Estado)
Publicado em 28.01.2025, 18:32:00 Editado em 28.01.2025, 18:40:26
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O Ministério Público de São Paulo descortinou como o setor dos Gravatas do PCC - advogados da maior facção do País - gerenciava um 'setor de saúde' para a organização criminosa, providenciando atendimentos médicos e odontológicos para integrantes graduados presos na Penitenciária II de Presidente Venceslau e no Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Bernardes.

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"Entram em contato com tais profissionais e realizam o agendamento do atendimento perante a unidade prisional. Fazem todas as tratativas pessoalmente e providenciam o pagamento dos valores acordados diretamente aos profissionais ou clínicas a eles vinculadas, no que acionam o setor financeiro da organização criminosa", narrou o órgão ao denunciar os responsáveis pelo plano de saúde de destacados integrantes do PCC.

Na lista de 12 denunciados pela Promotoria estão os responsáveis pela ONG "Pacto Social & Carcerário de S.P", que foi alvo da Operação Fake Scream no último dia 14. Segundo a Promotoria, a organização não governamental era utilizada para propagar falsas arbitrariedades e violações de direitos que seriam praticadas em unidades prisionais em que estão custodiados presos integrantes do PCC.

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Além deles, o MP acusou três advogados que faziam parte do setor dos gravatas. Duas mulheres que integram esse núcleo seriam responsáveis pelo agendamento das consultas para presos. Já um terceiro, assina algumas das ações judiciais movidas pela ONG Pacto Social.

Em peça de 179 páginas, o MP de São Paulo narrou como o lucro do tráfico bancou atendimentos médicos e odontológicos a seus membros dentro das unidades prisionais. Os atendimentos incluíam "variados serviços", inclusive intervenções estéticas e cirúrgicas.

Para tratar do plano de saúde dos faccionados, os advogados usavam códigos, mostra a investigação conduzida pela Promotoria de São Paulo. Eles também usavam codinomes para ocultar suas verdadeiras identidades. No esquema, os médicos e dentistas são meros prestadores de serviços, mas os advogados são "verdadeiros membros da organização criminosa", diz o MP.

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