A farmacêutica americana Pfizer pode ter encontrado uma forma de driblar os problemas de transporte que sua vacina desenvolvida em parceria com a alemã BioNTech contra o novo coronavírus possui: transformá-la em pó. Por utilizar a tecnologia do RNA mensageiro (mRNA), o imunizante intramuscular precisa ser mantido a temperaturas baixíssimas, de até -75 ºC. Quando em pó, o transporte é facilitado e o composto pode ser armazenado em temperaturas menos intensas.
Em entrevista à revista semanal americana Barrons, Mikael Dolsten, chefe da área de ciência da Pfizer, afirmou que a “nova” vacina já está sendo desenvolvida, ao mesmo passo em que a atualizam para que ela seja eficaz também contra as novas variantes do vírus.
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A versão em pó deve ficar pronta na segunda metade de 2021, substituindo totalmente a congelada já em 2022. Até lá, grande parte do mundo deve estar vacinada, mas Dolsten acredita que as pessoas terão de ser imunizadas novamente após um certo período de tempo.
Isso porque, para ele, a covid-19 não é um problema que deixará de existir da noite para o dia. “Na próxima década vamos precisar considerar a revacinação para manter a proteção, mudando as vacinas rapidamente para atualizá-las”, disse ele.
A Pfizer acredita que sua vacina funcionará contra as novas variantes que estão se espalhando mundo afora. Com uma eficácia de 95% contra a covid-19, é provável que o imunizante consiga ser eficaz também na luta contra as mutações do vírus — pelo menos por enquanto.
Por; Exame
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