A Polícia Federal abriu na manhã desta quinta-feira, 16, uma operação contra suposta quadrilha que desviou mais de R$ 1,9 milhão de contas bancárias de cidades com menos de oito mil habitantes localizadas em Minas Gerais e Tocantins.
Batizada 'Cyber Impetum', a ofensiva mira fraudes que ocorreram em janeiro e vitimaram as prefeituras dos municípios de Curral de Dentro (com população estimada de 7.867 pessoas), Jenipapo de Minas (7.781), Santa Helena de Minas (6.406), Talismã (2.831 ) e Tupirama (1.952).
Agentes vasculham endereços no Distrito Federal (7), no Maranhão (3), no Piauí (1), em Tocantins (1) e em São Paulo (1). As ordens foram expedidas a mando da Justiça Federal, que também decretou o bloqueio de bens de investigados para descapitalizar a organização criminosa sob suspeita.
Segundo os investigadores, os investigados invadiam as contas bancárias dos municípios usando engenharia social - técnicas que enganam vítimas a enviar dados confidenciais, induzindo que fossem abertos links para sites 'infectados'.
A Polícia Federal identificou prejuízos a pessoas jurídicas, órgãos e entidades governamentais. A corporação indica que após obter os dados bancários dos municípios vítimas do golpe, a quadrilha realizou transferências bancárias pela internet.
A Cyber Impetum mira possíveis crimes de organização criminosa, furto qualificado mediante fraude em ambiente cibernético e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, o nome da operação faz referência à expressão em latim que significa ataque cibernético.
Trata-se da primeira fase ostensiva de uma investigação conduzida pela Divisão de Investigação e Operações Especiais da Coordenação Geral de Combate a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal.
A operação ainda é decorrente de um acordo de cooperação técnica fechado entre a PF e a Febraban com o intuito de reprimir fraudes bancárias eletrônicas. O combate a delitos de tal teor é uma prioridade da corporação.
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